“O crédito bancário bateu novo recorde no primeiro semestre de 2010. De acordo com o Banco Central, o estoque de empréstimos cresceu 8% no período e chegou a R$ 1,53 trilhão.
O aumento foi de 2% em relação a maio e de 19,7% em 12 meses. O valor representa 45,7% do PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país em um determinado período).
A taxa média de juros caiu pela primeira vez em três meses, de 34,9% para 34,6% ao ano. Para pessoas físicas, recuou para 40,4% ao ano (-1,1 ponto percentual). Para empresas, avançou pelo segundo mês, de 26,9% para 27,3% a.a..
De acordo com o BC, o aumento dos financiamentos continua sendo puxado pelos empréstimos com recursos subsidiados, principalmente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para empresas e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e poupança para a casa própria.
O crédito com recursos livres (sem subsídio) para pessoas físicas cresceu 7,6% no ano, enquanto os empréstimos para empresas subiram 5,6%.
Os empréstimos com subsídio avançaram 11,3%, sendo 10,5% no BNDES e 21,4% na habitação.
Com isso, os bancos públicos continuaram na liderança do crescimento, com um aumento de 10% na sua carteira, acima dos 8,2% dos bancos nacionais privados e dos 3,7% dos estrangeiros que atuam no país.
O empréstimo consignado (conta desconto em folha de pagamento) cresceu 14,4% no acumulado do ano e alcançou a participação inédita de 60% do crédito pessoal.
JUROS E INADIMPLÊNCIA
A queda no juros se deu em todas as modalidades pesquisadas pelo BC no semestre, com exceção do cheque especial, que subiu para 165,1% ao ano (+6 pontos).
No mês, houve recuo de cerca de 1 ponto percentual na taxa do crédito pessoal (42% a.a.) e veículos (23,6% a.a.).
A taxa de captação dos bancos ficou praticamente estável no semestre. O "spread" bancário caiu 0,4 ponto, para 23,5 pontos percentuais.
A inadimplência (atrasos acima de 90 dias pelo conceito do BC) recuou de 5,1% para 5,0% de maio para junho, menor nível desde março do ano passado.
Para pessoas físicas, recuou para 6,6% (-1,1 ponto percentual no semestre), para empresas caiu ara 3,6%, pouco abaixo dos 3,8% verificados no final de 2009.”
FONTE: reportagem de Eduardo Cucolo publicada na Folha.com.
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