sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MARINHA INVESTIGARÁ CASO DO NAVIO DA VALE

O "Vale Beijing" é similar a este da série, que está ainda em fase de produção na Coréia do Sul

Equipe da STX tentará consertar rachadura que causou vazamento em tanque

Por Danielle Nogueira, do O Globo

“A sul-coreana STX confirmou à agência de notícias Bloomberg ter identificado vazamento em um dos tanques do lastro do navio “Vale Beijing”, que estava ancorado desde sexta-feira (2) no terminal marítimo Ponta da Madeira (MA), de propriedade da Vale [OBS deste 'democracia&política': foi posteriormente rebocado para área mais distante da costa, em busca de águas menos turvas que as da Baía de São Marcos, que possibilitem encontrar as rachaduras]. Segundo fontes, a empresa asiática enviou equipe de engenheiros ao Brasil para investigar o ocorrido e consertar o problema.

Paralelamente, a Marinha brasileira também produzirá relatório sobre o incidente.

O problema foi diagnosticado quando o navio, avaliado em US$110 milhões, estava sendo carregado com minério de ferro. Não se tem notícia de que o minério esteja vazando, mas o problema no lastro pode desequilibrar a embarcação, fazendo-a afundar. Daí a gravidade da situação.
[...]

Com capacidade para 400 mil toneladas e 361 metros de comprimento, o “Vale Beijing” é um dos maiores graneleiros do mundo. Ele é o primeiro de uma série de oito navios encomendados pela Vale à STX Pan Ocean, unidade do grupo STX que opera embarcações. Os oito navios serão afretados à mineradora brasileira por 25 anos. O Vale Beijing foi entregue à STX Pan Ocean no último 27 de setembro. Os outros serão entregues até 2013. Todos eles serão construídos pela STX Offshore & Shipbuilding, outra unidade do grupo sul-coreano.

O valor total da encomenda é de US$5,8 bilhões e faz parte do esforço da Vale de reduzir o frete para a China, seu principal mercado.

Nota DefesaNet:

O VALE BEIJING é navio da classe VLOC (Very Large Ore Carrier – mineraleiro de grande porte), lançado ao mar em 27 Setembro 2011. Construído para a “STX Offshore & Shipbuilding’s Jinhae Shipyard”, da Coréia do Sul, o navio tem: 361m de comprimento, 65m largura e 30,5m altura, e desloca 400.000 t.

Com contrato de longo prazo com a Vale, em 2009, a “STX Pan Ocean” encomendou oito navios mineraleiros (VLOC) da classe de 400.000 t. O “Vale Beijing” foi o primeiro da classe a ser entregue a “STX Pan Ocean”. Os restantes sete VLOCs serão entregues a “STX Pan Ocean” nos anos 2011(1), 2012 (4) e 2013 (3).

Quando receber esses mineraleiros, a “STX Pan Ocean” terá frota de 84 navios e operará cerca de 380 navios arrendados.”

FONTE: jornal “O Globo”  (http://www.defesanet.com.br/naval/noticia/3853/Marinha-investigara-caso-do-navio-da-Vale).

COMPLEMENTAÇÃO: PROBLEMAS COM MAIS UM NAVIO “AGNELLIANO”

Por Brizola Neto

“O jornal "O Globo" noticia que o meganavio “Vale Beijing”, que carregava minério de ferro em São Luís, apresentou rachadura no casco, que estaria causando a entrada de água no lastro da embarcação, uma das maiores do mundo. Haveria, segundo o jornal, risco de o navio naufragar, levando para o mar todo o minério de ferro que carrega.

O “Vale Beijing” tem 361m de comprimento, 65m de largura e 30 de altura, e foi o primeiro supergraneleiro dos oito contratados pela mineradora ["brasileira"] ao estaleiro sul-coreano “STX Offshore & Shipbuilding’s Jinhae Shipyard”. O valor do contrato foi de aproximadamente US$ 6 bilhões.

É o segundo dos navios gigantes encomendados fora do Brasil por Roger Agnelli, o que causou uma imensa crise entre a mineradora e Lula, em 2009. [OBS deste 'democracia&política': Lula desejava que as encomendas fossem feitas aos estaleiros nacionais, criando milhares de empregos no Brasil, mas a Vale, privatizada em processo suspeito e por valor irrisório no goberno FHC/PSDB, dirigida por Agnelli, preferiu pagar essas encomendas e gerar empregos no Exterior]. O primeiro navio, o “Vale Brasil”, está navegando sem destino definido, depois de ser recusado nos portos chineses.

Imaginem se os navios fossem feitos por brasileiros, o que estariam [a oposição e a mídia] dizendo.”

COMPLEMENTAÇÃO:

Desprezado pela Vale, o antigo "Docefjord", feito no Brasil e quase do tamanho do "Vale Beijing", navega em segurança há 25 anos.

A própria Vale vendeu o navio aí da foto, o antigo “Docefjord”, hoje “BW Fjord” e de bandeira panamenha, terminado em 1986 pelo estaleiro Ishibras, no Rio de Janeiro e com 80% da capacidade dos atuais e problemáticos “Valemax” – eles são patrimônio de uma empresa brasileira e estratégica para o país.”

FONTE: escrito por Brizola Neto no seu blog “Tijolaço”  (http://www.tijolaco.com/problemas-com-mais-um-navio-agnelliano/) e (http://www.tijolaco.com/o-desastre-e-a-oportunidade/) [trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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