Ontem, li no UOL a seguinte reportagem veiculada pela agência inglesa de notícias BBC:
“O crescimento da economia da China em 2007 foi de 13%, e não de 11,9% como previamente estimado, anunciou nesta quarta-feira o governo chinês, após revisar as estatísticas.
O novo número coloca a China à frente da Alemanha e dá ao país asiático o título de terceira maior economia do mundo, atrás apenas do Japão e dos Estados Unidos.
A expansão de 13% do PIB chinês é a maior desde 1994 e faz com que a economia totalize US$ 3,5 trilhões em comparação com os US$ 4,4 trilhões do Japão e US$ 13,8 trilhões dos Estados Unidos, em números de 2007.
De acordo com Stephen Green, economista-chefe para a Ásia do banco Standard Chartered, a revisão das estatísticas é confiável e não se trata de otimismo ou maquiagem.
"Confiamos que o Escritório Nacional de Estatísticas está fazendo o trabalho deles corretamente e, neste caso, nosso levantamento independente, assim como o de outros bancos, também já indicava que a estimativa de 11,9% era tímida", disse Green à BBC Brasil.
Implicações Por ser um país comunista com metas estritas e sem controle transparente das estatísticas, os números divulgados pela China são muitas vezes questionáveis aos olhos ocidentais.
Green destaca, no entanto, que a revisão de 2007 tem implicações, como a conseqüente correção dos números de 2008 para cima e assim por diante.
"As revisões certamente não prejudicarão a ambição do governo de garantir que o crescimento neste ano seja superior a 8%", observou.
Autoridades e economistas ligados ao governo revelaram que Pequim tem como objetivo para 2009 não deixar que o aumento do PIB desacelere para menos de 8%, pois esta é a expansão mínima necessária estimada para garantir que o nível de desemprego do país fique em 4% e assim não ocorra uma inquietação social.
Desde o começo da crise, milhares de fábricas já fecharam as portas e centenas de milhares de trabalhadores foram demitidos, causando preocupação em Pequim, que anunciou um pacote de US$ 586 bilhões para estimular a economia. Pobre Apesar de ser agora a terceira maior economia do mundo, a China ainda é considerada "pobre", pois os seus 1,3 bilhão de habitantes tem um PIB per capita inferior a US$ 3 mil, em contraste com o valor americano que é superior a US$ 46 mil.
Além disso, o fato de a China ter ultrapassado a Alemanha não fará com que investidores voltem a colocar de imediato dinheiro no país asiático, na avaliação de Green.
"Essa estatística é de dois anos atrás", afirmou. "Hoje, todos estão de olho nos números atuais, e eles não são encorajadores." "Estimamos um crescimento de 6% a no máximo 7% neste ano", concluiu Green.”
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