quarta-feira, 4 de março de 2009

DIRETOR-GERAL DA OMC DIZ QUE PAÍS RESISTE À TENTAÇÃO

Li hoje no blog do Favre a seguinte reportagem de Jamil Chade publicada no jornal “O Estado de São Paulo:

DIRETOR-GERAL DA OMC DIZ QUE PAÍS RESISTE À TENTAÇÃO

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, aponta o Brasil como o exemplo máximo de um governo que está resistindo às tentações protecionistas, indicando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mereceria até “um prêmio”. Para Lamy, Lula superaria o presidente americano, Barack Obama, que ficaria em segundo lugar por estar tentando criar pacotes de socorro que respeitem as leis internacionais.

Para Lamy, que está na Austrália, o governo brasileiro seria o “exemplo” de decisões equilibradas em relação ao comércio.

Em sua avaliação, a tentação ao protecionismo é compreensível diante da crise e de demissões em massa. Mas alertou que barreiras podem ser um “tiro no pé”. “Todos querem proteger empregos, pensões, ou seu dinheiro, mas o protecionismo não funciona “, afirmou.

Lamy defendeu que a única forma de sair da crise é insistir em aumentar o comércio e os gastos. Países como Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia estão evitando medidas protecionistas.

Mas todos os elogios vão para o comportamento do Brasil. “Se houvesse um prêmio para esse período, acredito que o presidente Lula teria de receber”, disse. Lamy quer usar o Brasil como exemplo diante da decisão do governo de abandonar as licenças que estabeleceu às importações, em janeiro.Diante da reação generalizada, Lula acabou retirando a nova barreira.

CRÍTICAS

Mas nem todos apontam o Brasil como exemplo. Na próxima segunda-feira, o País terá sua política comercial questionada na OMC.Governos de todo o mundo enviaram mais de 530 perguntas ao Brasil sobre sua política comercial e o governo agora terá de dar uma resposta.

O questionamento não significa a abertura de uma disputa comercial contra o Brasil.
Mas parte dos ataques se referem à elevação de tarifas no Brasil. A média de impostos passou de 10,4% para 11,5%. Isso ocorreu diante da elevação de tarifas de importação para têxteis de calçados.”

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