Li ontem no site “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim, o seguinte texto enviado por Carlos Henrique:
Estes dias acordei e vi na minha porta um exemplar da Revista Nova Escola da Editora Abril. Achei estranho. Não sou assinante dessa revista e de nenhuma desta editora, que não gosto, muito em função da Revista Veja.
Peguei a revista e liguei para lá para saber porque haviam me mandado e fiquei sabendo que agora eu era assinante. A Secretaria da Educação, disseram eles, havia assinado para todos os professores. Como assim? Onde posso conferir isso. Disseram para eu procurar no Diário Oficial. Fui para a internet e fiz isso, entrei no site da Imprensa Oficial, procurei e achei o que está ai abaixo:
Contrato: 15/1165/08/04 - Empresa: Fundação Victor Civita
- Objeto: Aquisição pela FDE, de 220.000 (duzentos e vinte mil)
assinaturas da Revista NOVA ESCOLA, com 10 (dez) edições
anuais, para Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino. -
Prazo: 300 dias - Valor: R$ 3.740.000,00 - Data de Assinatura:
01/10/2008.
A Secretaria pegou R$ 3,7 milhões e deu para a Editora Abril e mandou que ela me mandasse a revista, eu e mais 219.999 professores. À primeira vista parece um ato de bondade do Governador Serra para com a Educação. Mas será mesmo que ele está interessado nisso? Não confio muito não, acho mais é que ele fez um agrado à editora-chefe do (…).
Talvez nem seja ilegal pegar dinheiro da educação e fazer isso, mas que é imoral e engorda o caixa daquela editora, ah, isso eu não tenho qualquer dúvida. Mesmo porque há outras revistas que poderiam concorrer a esse privilégio de ter 220 mil assinaturas de uma tacada só. Por exemplo, para melhorar minhas aulas eu preferiria a Carta na Escola e por conta disso o governo, com essa dinheirama toda poderia ter feito uma concorrência ou perguntado aos professores qual revista eles gostariam de receber. Há algumas específicas para História, por exemplo. Mas não, eles escolheram essa e assinaram sem concorrência pública (licitação) e pior, sem me perguntar se eu queria. Afinal, se chegou na minha casa, eu recebi como cidadão e não como professor. Sou professor na escola, não na minha casa. Lá eu leio o que me interessa, o que eu acho que vale a pena e não acho isso das revistas daquela editora. Aliás, quem deu direito de darem meu endereço à editora? Isso pode?
Eles poderiam também assinar as principais publicações que podem interessar aos educadores e mandar para as escolas, não para a casa dos professores. Com 3,7 milhões de reais as escolas poderiam ficar abarrotadas de publicações de história, astronomia, ciências e por ai afora. Mas não, eles escolheram a revista da Abril e deram a eles esse dinheiro todo.
Se isso é legal, com certeza não é moral e não faz bem para a educação. Ou alguém duvida?
Se fosse um ato em prol da educação vocês não acham que isso seria propagandeado aos quatro ventos? Foi feito na surdina. Por que será?
Agora podem esperar: os outros veículos do (…) vão ser beneficiados com isso já, já… É só aguardar e ficar atento. Só falta aparecer a Folha na soleira da minha porta, ai eu quero ver….”
COMENTÁRIO DE PAULO HENRIQUE AMORIM:
Por que o palmeirense Zé Pedágio, amigo do presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, sócio da Carta Capital, não pega também dinheiro do povo de São Paulo e compra, numa concorrência aberta e transparente, a Carta na Escola, muito melhor do que qualquer coisa que a empresa de Robert(o) Civita publique ?
A Carta na Escola tem 70 mil exemplares, com dez edições por ano.
Jamais um diretor da Carta foi convidado para participar de concorrência na Secretaria de Educação do Governo do falso economista Zé Pedágio.
Jamais um funcionário da Carta Escola foi recebido por um funcionário da Secretaria de Educação.
Se ele não gosta de concorrência, de transparência, de luz do sol, por que não pega essa grana e aumenta o salário dos professores de São Paulo ?
O PSDB de São Paulo, como se sabe, paga o Pior Salário Do Brasil, PSDB.
O Zé Pedágio encontrou uma forma de salvar a Abril que, como se sabe, agoniza.
Como, aliás, agoniza todo o PiG (*).
Amigo navegante, você já tentou cancelar uma assinatura da Veja ?
Ou de qualquer outro veículo do PìG ?
É impossível. Eles te mandam de graça …
É assim que o Pedágio funciona: com o controle total do PiG.
Alguma dúvida, caro amigo navegante ?
Leia a colona (**) do editorialista do Estadão Mauro Chaves sobre as prévias do PSDB (pág. 2 do Estadão de hoje).
É tudo o que o Zé Pedágio pensa sobre a matéria.
(Especialmente o trocadilho do título: “Pó pará, governado?”
Ele é assim: não fala nada.
Tem quem fale por ele.
Nas revistas da Abril, por exemplo.
Imagine o Zé Pedágio Presidente do Brasil: ele fecha a Carta Capital.”
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