segunda-feira, 19 de julho de 2010
MINO CARTA QUER UMA “LEY DE MEDIOS”. E EXPLICA POR QUE VOTA EM DILMA
Matarazzo e Ford, os pais do "pluralismo, apartidarismo e modernismo da Folha" [sic!]
Na pág. 12 da “Carta Capital” que está nas bancas, o editorial de Mino Carta trata, primeiro, do que encontrou na vala negra que corta a revista Veja: a acusação de que Dilma é radical.
Depois, Mino sentencia: “… haveria de ser tarefa dos parlamentares uma lei destinada a definir os alcances da atuação da empresa jornalística. Do ponto de vista estritamente empresarial e não ideológico, está claro”.
Por fim, Mino, outra vez, explica por que definiu sua opção pela candidatura da Dilma.
(O Conversa Afiada acompanha o Mino nesta e em quase todas as outras opções.)
E cita dois jornais que fazem o mesmo: o New York Times, que optou por Obama, e o Corriere della Sera, que apoiou Prodi contra Berlusconi, em 2006.
A Folha (*) se acha melhor que os três.
Essas deidades provinciais são imbatíveis, diria o Mino.
Neste mesmo domingo, na página A7, a Folha tira dos escombros um “Manual de Redação”, que, segundo a Folha (*), “ajudou a moldar o estilo brasileiro da imprensa nas ultima décadas”.
(Se o PiG (**) é o que é, não se sabe se essa afirmação do “Manual” é uma ofensa ao PiG (**) ou à Folha (*).)
O “Manuel” diz que a Folha (*) é apartidária, plural e crítica.
O que você acha, amigo navegante ?
Apartidária ?
Vai ver que a Folha (*) é apartidária, mas o Datafalha não é.
Só pode ser isso.
O interessante é que Folha (*) se diz também “moderna”.
Não, amigo navegante, aí já é demais.
“Moderna”, porque trouxe à discussão pública de temas que não tinham ingressado nela, com novos enfoques, novas preocupações, novas tendências.
Não, esse Otavinho é o jenio da lâmpada.
Foi ele quem introduziu a discussão sobre a pílula, sobre o DNA, o GPS, o casamento gay, o pendrive, a mulher que trabalha fora, a ascensão da classe “C”.
Você, amigo navegante, imaginou um dono de jornal dizer que seu jornal é “moderno” ?
Isso faz algum nexo ?
Ou ele pensa que nós achávamos que a Folha ia cobrir o lançamento das “Confissões” de Santo Agostinho na Livraria Cultura ou a introdução da bússola na navegação mercantil ?
Ele é moderníssimo.
Tão moderno quanto Henry Ford e o Conde Matarazzo.
(Cujas inclinações políticas se reencontram no “apartidarismo” da Folha (*)).
Quem é moderníssimo é o Estadão.
Ler no “Conversa Afiada” : “Estadão vai investir com dinheiro estatal”.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado em seu portal “Conversa Afiada”.
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