“O Brasil prepara o lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para oferecer banda larga a todos os municípios do país, anunciou na quarta-feira (28) da semana passada, em Nova Delhi, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp.
O país busca na Índia cooperação técnica para o satélite, cuja construção e lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, têm custo avaliado em R$ 750 milhões (cerca de US$ 412 milhões). Apenas o lançamento custará cerca de R$ 145 milhões.
"Vamos fazer um concurso internacional que abrirá possibilidade de cooperação tecnológica importante", disse o ministro.
O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros de acessarem a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G.
Brasil, Índia e África do Sul - três integrantes do grupo dos emergentes BRICS, ao lado de China e Rússia - também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer as medições necessárias para "entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas".
Com a China, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014, informou o ministro, que considera "estratégica" a cooperação Sul-Sul. O Brasil mantém intensa cooperação, desde os anos 80, com a China, com o lançamento conjunto de três satélites.
O próximo Satélite Brasil-China a ser lançado: CBERS-3
VISITA
Raupp integrou a delegação da presidente Dilma Rousseff na reunião de cúpula dos BRICS na capital indiana semana passada.
Durante a visita bilateral à Índia, Raupp assinou com as autoridades indianas um acordo para o programa "Ciências Sem Fronteiras", que permitirá o treinamento no exterior de estudantes e especialistas brasileiros nas áreas das ciências naturais e engenharia.
O programa já enviou 100 mil brasileiros ao exterior, em particular aos Estados Unidos (20 mil), Alemanha (10 mil) e França (8.000).
No caso da Índia, o Brasil espera estimular o intercâmbio nas áreas de tecnologia, saúde (em particular o combate a AIDS, malária e tuberculose, assim como a farmacêutica), a nanotecnologia e as ciências de forma geral.”
FONTE: divulgado pela agência francesa de notícias AFP e publicado no portal UOL (http://tecnologia.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/03/28/brasil-lancara-satelite-para-levar-banda-larga-a-todo-pais.jhtm) [Imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
2 comentários:
Maria Tereza
Este projeto não terá tecnologia nacional nenhuma.
Infelizmente os governos anteriores não deram a atenção que o programa espacial merece, e podem falar mal dos "milicos", mas foi em sua gestão que o Brasil mais se desenvolveu nesta área.
Se o governo atual não agir (pois só palavras de nada servem) e valorizar de verdade o pessoal da área vamos continuar na eterna Botocúndia, como dizia Monteiro Lobato.
PS : Esse negócio de dizer que vão lançar o SGB em 2014 é pura balela.
É impossível.
É muito triste ver o Governo fazer marketing politico com o programa espacial.
Me lembra o triste episódio do Lula e o astronauta brasileiro no Kremlin em 2006.
Iurikorolev,
Também acho que quase não haverá tecnologia nacional. Ainda mais em prazo assim curto. Se nos pequenos, rudimentares e de órbita baixa SCD-1 e 2 e também nos CBERS chineses a tecnologia nacional foi em pequenos percentuais, o que se esperará em um grande e complexo satélite geostacionário de comunicação?
Não acredito, também, em lançamento em 2014, mesmo que a Embraer desde já subcontrate no exterior todos os componentes e sistemas e até a montagem final. O lançamento deverá ser em Kourou com um Ariane, pois o ucraniano Cyclone-4, na melhor das hipóteses, estará próximo da estreia de protótipo em Alcântara em 2014.
Contudo, concordo com o MCTI de que é melhor começar e tentar do que nada fazer.
Quanto ao Marcos Cesar Pontes, eu achei bom ele ter feito aquela missão em órbita em 2006. Os governos FHC e Lula já haviam investido muito no longo treinamento dele nos EUA, na NASA, que nunca o escalaria para missão orbital. O lançamento dele pela Rússia foi com custo (US$ 10m)muito mais baixo do usualmente cobrado. Além disso, foi oportuno, no ano do centenário do 1º voo, por Santos Dumont, e despertou a motivação de muitos jovens para as ciências espaciais.
Maria Tereza
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