domingo, 8 de abril de 2012

QUEM NÃO QUERIA O BRASIL (DE LULA) NOS BRICS ?


Por Paulo Henrique Amorim

“Como se sabe, o ‘colonista’ (*) dos múltiplos chapéus, aquele que tem uma seção de “Livros” na ‘Folha’ (**) e no ‘Globo’ (dose dupla de PiG (***) !!!) aos domingos, pensa que é o único brasileiro que compra na ‘Amazon’.

(domingo passado, o de múltiplos chapéus defendeu a tese de que a “Comissão da Verdade” não levará à revisão da lei da Anistia. É o que em Harvar (é assim mesmo, revisor. Obrigado. PHA) se chama de “wishful thinking”.)

O ansioso blogueiro teve a petulância de comprar também na “Amazon” o livro “The Growth MapEconomic Opportunity (não se trata de um banqueiro condenado a dez anos de cadeia) in the BRICs and Beyond”, de Jim O’Neill, chairman do “Goldman Sachs Asset Management” e criador do acrônimo BRIC.

O PiG (**) e suas penas amestradas, como diz o Ciro, odeiam os BRICS.

Como a Presidenta foi à Índia numa reunião dos BRICS, o ódio se manifestou de várias formas.

Um editorial do Estadão chamou os BRICS de “comédia”.

A Folha (**) no domingo passado disse que os BRICS estão na infância, não servem para muita coisa e, se tudo der certo, chegarão à maturidade quando o Otavinho já tiver vendido a “Folha” ao Tanure.

Qual é o problema dos BRICS para a Urubóloga, por exemplo ?

É que “BRIC” foi a solução engenhosa que o Jim O’Neill encontrou para sintetizar o que está NA cara de qualquer um: que o Brasil, Rússia, Índia e China (a África do Sul não faz parte do time do O’Neill) serão, juntos, breve, maiores que as economias do G7.

E que eles são a expressão de uma nova ordem econômica mundial, com o relativo enfraquecimento, primeiro, da União Soviética e, depois, da União Européia e dos Estados Unidos.

É o óbvio dilacerante !

Mas, para os Urubólogos e a elite (a pior de todas é a de São Paulo, porque, ainda por cima, é separatista) isso seria o desmentido de suas teses fracassomaníacas.

Os colonizados continuariam colonizados – com ou sem a “Amazon” – e o Brasil lá em cima, com o ‘Nunca Dantes’ e a ‘JK de Saias’ a dar ‘bye-bye’ a Demóstenes, ‘Cerra’, Agripino e Civita – e suas penas amestradas.

Mas, é o próprio O’Neill quem conta isso, de forma mais elegante, claro.

Na pág. 49, ele conta que, em 2003 (logo, Governo Lula; atenção, amigo navegante !) , quando veio ao Brasil falar sobre o futuro papel dos BRICs, ALGUNS BRSILEIROS IMPLORARAM PARA QUE ELE NÃO FIZESSE ISSO ! (ênfase minha – PHA).

Os brasileiros “begged”.

Pelo amor de Deus, não ponha o Brasil nesse time !

Please !

Please !

I beg you, Jim !

Alguns “brasileiros” diziam que ele só incluiu o Brasil porque tornaria o acrônimo mais sonoro.

Ou porque faria um trocadilho com “brick” – tijolo, em inglês.

Mas, ele insistiu.

Um dos mais céticos foi um diretor brasileiro (?) do “Goldman”, Paulo Leme, que hoje é o rei da cocada preta do “Goldman” aqui no Brasil.

Paulo Leme era um dos “céticos“, diz O’Neill !

Na verdade, logo antes da eleição do Lula em 2002, o “Goldman”, em “Wall Street”, montou um “Trem Fantasma” com gritos lancinantes e figuras amedrontadoras, para anunciar o fim do mundo, caso Lula fosse eleito.

Dali do “Goldman” saíram as especulações mais sinistras contra o Lula !

Havia projeções alucinadas da cotação Real com Lula.

O’Neill conta que não deu a menor bola para as cassandras tupiniquins.

Quando voltou para casa, comprou alguns Reais.

Vendeu depois de três meses.

E foi um grave erro, ele diz.

Porque nos últimos seis anos, o Real se tornou um moeda espetacularmente (literal, “spetacularly”) forte”, diz ele.

Na página 52, diz O’Neill:

“… in retrospecto, Lula se tornou o maior (“greatest”) formulador de políticas do G20 da primeira década do Seculo XXI.”

É por isso que a elite e os urubólogos da vida não queriam que o Brasil entrasse nos BRICs.

Para não ter que cortar os pulsos.

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”

FONTE: escrito por Paulo Henrique Amorim no seu portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/04/02/quem-nao-queria-o-brasil-de-lula-nos-brics/) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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