“As explorações do pré-sal, especialmente na Bacia de Santos, têm surpreendido a Petrobrás. Os primeiros quatro poços do “campo gigante de Lula” estão produzindo 50% mais do que o previsto. O êxito serve para ofuscar internamente a acentuada queda de produção no pós-sal da Bacia de Campos. Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, ante cerca de 30% da média mundial. Diante do potencial, o governo adotará novo modelo de concorrência.
Nos campos da bacia de Santos, por exemplo, o índice de sucesso das perfurações é de 90%, contra os cerca de 30% da média mundial
As explorações do pré-sal, especialmente na Bacia de Santos (litoral norte de São Paulo e sul do Estado do Rio de Janeiro), têm surpreendido a Petrobrás. Os primeiros quatro poços do “campo gigante de Lula”, por exemplo, estão produzindo 50% a mais do que o previsto - sucessos exploratórios que têm ofuscado internamente a acentuada queda de produção no pós-sal da Bacia de Campos (litoral norte do Rio e sul do Espírito Santo). Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, contra os cerca de 30% da média mundial.
Diante do potencial, o governo, que no mês passado anunciou previsão de data para o primeiro leilão do pré-sal (novembro de 2013), usará um modelo de concorrência que considera, também, o volume produzido, não apenas a área cedida - uma forma de aproveitar o máximo das reservas, cujo gigantismo a cada dia se prova mais concreto.
Apenas os recursos da área da cessão onerosa e o potencial recuperável dos dois campos do pré-sal (“Lula” e “Sapinhoá”) que a Petrobrás declarou comercialidade à “Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis” (ANP) equivalem a tudo o que a companhia produziu desde sua fundação, em 1953. São 15,4 bilhões de barris.
"Só isso é igual a toda a produção que a Petrobrás já teve, e vocês sabem que não é só isso", disse à “Agência Estado” o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobrás, Carlos Tadeu Fraga. "Os poços têm tido produtividade melhor do que o inicialmente esperado."
A presidenta da Petrobrás, Graça Foster, em discurso no encerramento da feira “Rio Oil & Gas”, disse que, entre 2005 e agosto deste ano, a empresa notificou 63 descobertas na área do pré-sal à ANP.
Os quatro “campos de Lula” chegaram à meta esperada para seis poços: 100 mil barris por dia. Hoje, o pré-sal já responde por 5% da produção de cerca de 2 milhões de barris diários da companhia. A previsão é de que passe para 31% em 2016 e 50% em 2020.
"Categoricamente, nossa avaliação hoje em relação ao pré-sal é muito melhor do que tínhamos há alguns anos. Cada um pode escrever o que quiser, mas essa é a mais pura realidade", disse Fraga.
POTENCIAL
Hoje, o horizonte potencial de reservas da Petrobrás é o dobro de tudo o que já foi produzido: 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente. Mas os números não levam em conta, por exemplo, o “campo de Carcará” (Bacia de Santos), ainda não declarado comercial e, portanto, fora das estimativas oficiais.
Sócia da Petrobrás, a petroleira “Barra Energia” crê que “Carcará” é, seguramente, um dos maiores reservatórios do pré-sal.
"Posso dizer com segurança que nossa expectativa é que seja um dos mais significativos do pré-sal", disse o diretor e CEO da empresa, Renato Bertani.
Os campos da área da cessão onerosa são outro exemplo. Durante a megacapitalização da Petrobrás em 2010, a empresa adquiriu da União o direito de explorar 5 bilhões de barris das áreas de “Libra” e “Franco”, ambos em Santos. Mas sabe-se que apenas “Libra” tem pelo menos 5 bilhões em reserva estimadas.
A primeira descoberta abaixo da camada de sal ocorreu em 2006. O primeiro óleo foi produzido em setembro de 2008, no campo de “Jubarte”, na Bacia de Campos.
Em “Franco”, onde contratou o direito de produzir até 3 bilhões de barris de petróleo, a Petrobrás anunciou no mês passado a perfuração do quarto poço da cessão onerosa.
O “Franco SW” tem uma das maiores espessuras de coluna de óleo (438 metros) de todo o pré-sal. "Se não o maior", disse Tadeu.
APOSTA
O potencial de “Santos”, cujo pré-sal representa o dobro do de “Campos”, é a grande aposta. Em 20 meses, a produção da camada mais do que dobrou para 192 mil barris por dia. Em “Santos”, onde há 32 poços exploratórios perfurados com índice de sucesso acima de 90%, a produção mais que triplicou.
Do total de US$ 236,5 bilhões de investimentos previstos para período, a prioridade será da Diretoria de Exploração e Produção, para a qual serão destinados US$ 131,6 bilhões.
Em quatro anos, a produção acumulada no pré-sal de “Campos” e “Santos” superou 100 milhões de barris de óleo equivalente. Em 2017, passará a 1 milhão de barris/dia, conforme os planos da Petrobrás.
É, aproximadamente, metade do volume recuperável do “Campo de Garoupa”, que produz há 30 anos e está até hoje em produção. É dessa ordem de grandeza que estamos falando. "O potencial está sendo materializado", disse Tadeu.”
FONTE: Jornal “O Estado de São Paulo”. Transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=196337&id_secao=10).
Nos campos da bacia de Santos, por exemplo, o índice de sucesso das perfurações é de 90%, contra os cerca de 30% da média mundial
As explorações do pré-sal, especialmente na Bacia de Santos (litoral norte de São Paulo e sul do Estado do Rio de Janeiro), têm surpreendido a Petrobrás. Os primeiros quatro poços do “campo gigante de Lula”, por exemplo, estão produzindo 50% a mais do que o previsto - sucessos exploratórios que têm ofuscado internamente a acentuada queda de produção no pós-sal da Bacia de Campos (litoral norte do Rio e sul do Espírito Santo). Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, contra os cerca de 30% da média mundial.
Diante do potencial, o governo, que no mês passado anunciou previsão de data para o primeiro leilão do pré-sal (novembro de 2013), usará um modelo de concorrência que considera, também, o volume produzido, não apenas a área cedida - uma forma de aproveitar o máximo das reservas, cujo gigantismo a cada dia se prova mais concreto.
Apenas os recursos da área da cessão onerosa e o potencial recuperável dos dois campos do pré-sal (“Lula” e “Sapinhoá”) que a Petrobrás declarou comercialidade à “Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis” (ANP) equivalem a tudo o que a companhia produziu desde sua fundação, em 1953. São 15,4 bilhões de barris.
"Só isso é igual a toda a produção que a Petrobrás já teve, e vocês sabem que não é só isso", disse à “Agência Estado” o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobrás, Carlos Tadeu Fraga. "Os poços têm tido produtividade melhor do que o inicialmente esperado."
A presidenta da Petrobrás, Graça Foster, em discurso no encerramento da feira “Rio Oil & Gas”, disse que, entre 2005 e agosto deste ano, a empresa notificou 63 descobertas na área do pré-sal à ANP.
Os quatro “campos de Lula” chegaram à meta esperada para seis poços: 100 mil barris por dia. Hoje, o pré-sal já responde por 5% da produção de cerca de 2 milhões de barris diários da companhia. A previsão é de que passe para 31% em 2016 e 50% em 2020.
"Categoricamente, nossa avaliação hoje em relação ao pré-sal é muito melhor do que tínhamos há alguns anos. Cada um pode escrever o que quiser, mas essa é a mais pura realidade", disse Fraga.
POTENCIAL
Hoje, o horizonte potencial de reservas da Petrobrás é o dobro de tudo o que já foi produzido: 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente. Mas os números não levam em conta, por exemplo, o “campo de Carcará” (Bacia de Santos), ainda não declarado comercial e, portanto, fora das estimativas oficiais.
Sócia da Petrobrás, a petroleira “Barra Energia” crê que “Carcará” é, seguramente, um dos maiores reservatórios do pré-sal.
"Posso dizer com segurança que nossa expectativa é que seja um dos mais significativos do pré-sal", disse o diretor e CEO da empresa, Renato Bertani.
Os campos da área da cessão onerosa são outro exemplo. Durante a megacapitalização da Petrobrás em 2010, a empresa adquiriu da União o direito de explorar 5 bilhões de barris das áreas de “Libra” e “Franco”, ambos em Santos. Mas sabe-se que apenas “Libra” tem pelo menos 5 bilhões em reserva estimadas.
A primeira descoberta abaixo da camada de sal ocorreu em 2006. O primeiro óleo foi produzido em setembro de 2008, no campo de “Jubarte”, na Bacia de Campos.
Em “Franco”, onde contratou o direito de produzir até 3 bilhões de barris de petróleo, a Petrobrás anunciou no mês passado a perfuração do quarto poço da cessão onerosa.
O “Franco SW” tem uma das maiores espessuras de coluna de óleo (438 metros) de todo o pré-sal. "Se não o maior", disse Tadeu.
APOSTA
O potencial de “Santos”, cujo pré-sal representa o dobro do de “Campos”, é a grande aposta. Em 20 meses, a produção da camada mais do que dobrou para 192 mil barris por dia. Em “Santos”, onde há 32 poços exploratórios perfurados com índice de sucesso acima de 90%, a produção mais que triplicou.
Do total de US$ 236,5 bilhões de investimentos previstos para período, a prioridade será da Diretoria de Exploração e Produção, para a qual serão destinados US$ 131,6 bilhões.
Em quatro anos, a produção acumulada no pré-sal de “Campos” e “Santos” superou 100 milhões de barris de óleo equivalente. Em 2017, passará a 1 milhão de barris/dia, conforme os planos da Petrobrás.
É, aproximadamente, metade do volume recuperável do “Campo de Garoupa”, que produz há 30 anos e está até hoje em produção. É dessa ordem de grandeza que estamos falando. "O potencial está sendo materializado", disse Tadeu.”
FONTE: Jornal “O Estado de São Paulo”. Transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=196337&id_secao=10).
Nenhum comentário:
Postar um comentário