Por JB Costa, no portal de Luis Nassif
Sobre o "O FIM DE UM CICLO POLÍTICO"
“[...] Certamente que as trajetórias de queda e ascensão dos tucanos e do PT estão umbilicalmente ligadas, mercê de ambos se assentarem em bases ideológicas quase indistintas - a social democracia - pelos menos quando os primeiros ainda não estavam no Poder.
Para sermos mais exatos, os erros do PSDB, à frente FHC, foram de tal monta, e abrangendo basicamente todas as esferas da vida nacional, que outro não seria o desfecho se não a esquerda moderada assumir o protagonismo. O PT, destaca-se, soube como ninguém aproveitar-se dessa situação através de oposição política das mais firmes na história política do país.
Na economia [o PSDB, à frente FHC], foi um desastre; na política, uma tragédia; e no social incipiente. O erro basilar de Fernando Henrique é o mais comum nos falsos estadistas, que é exatamente a visão curta, a omissão em não construir horizontes. A história está aí para demarcar as diferenças. Diversamente do que pensam muitos, avalio que o Plano Real foi o motor da grande derrocada de Fernando Henrique e, de resto, de todo o tucanato.
Não, é claro, pelo plano em si, mas pelo que ele gerou de acomodação nos hostes governistas da época. Parecia que, após a estabiização, tudo o mais que viria seria apenas detalhes. Era deitar e rolar na onda do tremendo sucesso político. Nesse sentido, foi irmão siamês do [plano] cruzado. FHC, agora assomado pelo traço comum da sua personalidade que é a vaidade, só fixou uma meta: a sua reeleição.
Para piorar, o sociológo de visão não maior que um coice de bacurim ainda adere de mala e cuia ao “hit parade” do momento, o chamado (indevidamente) “neoliberalismo”, que despontou galhardamente nas preconizações do malsinado “Consenso de Washington”. E assim se iniciou uma série interrupta de desastres, de cujas consequências deletérias, em especial a classe trabalhadora, até hoje, não se esquece.
Entretanto, como se diz no ditado, a natureza não se defende, mas sabe se vingar. Mude-se o termo "natureza" por povo, eleitor, população, que a sentença continua válida. Excetuando-se alguns bastiões, onde majoritariamente se impõe a ala mais conservadora e reacionária do eleitorado [...].
O sinal de declínio foi, e é tão grande, que uma figura reconhecidamente medíocre, desagregadora, autocentrada e mitômana como José Serra passa a ser a grande referência política e eleitoral para o um partido nascido da inspiração de um Mário Covas e de um Franco Montoro.
Convenhamos, é demais. O PT deveria erguer um busto de FHC lá na sua sede em São Bernardo.”
FONTE: por JB Costa no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-erros-do-governo-fhc) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
Sobre o "O FIM DE UM CICLO POLÍTICO"
“[...] Certamente que as trajetórias de queda e ascensão dos tucanos e do PT estão umbilicalmente ligadas, mercê de ambos se assentarem em bases ideológicas quase indistintas - a social democracia - pelos menos quando os primeiros ainda não estavam no Poder.
Para sermos mais exatos, os erros do PSDB, à frente FHC, foram de tal monta, e abrangendo basicamente todas as esferas da vida nacional, que outro não seria o desfecho se não a esquerda moderada assumir o protagonismo. O PT, destaca-se, soube como ninguém aproveitar-se dessa situação através de oposição política das mais firmes na história política do país.
Na economia [o PSDB, à frente FHC], foi um desastre; na política, uma tragédia; e no social incipiente. O erro basilar de Fernando Henrique é o mais comum nos falsos estadistas, que é exatamente a visão curta, a omissão em não construir horizontes. A história está aí para demarcar as diferenças. Diversamente do que pensam muitos, avalio que o Plano Real foi o motor da grande derrocada de Fernando Henrique e, de resto, de todo o tucanato.
Não, é claro, pelo plano em si, mas pelo que ele gerou de acomodação nos hostes governistas da época. Parecia que, após a estabiização, tudo o mais que viria seria apenas detalhes. Era deitar e rolar na onda do tremendo sucesso político. Nesse sentido, foi irmão siamês do [plano] cruzado. FHC, agora assomado pelo traço comum da sua personalidade que é a vaidade, só fixou uma meta: a sua reeleição.
Para piorar, o sociológo de visão não maior que um coice de bacurim ainda adere de mala e cuia ao “hit parade” do momento, o chamado (indevidamente) “neoliberalismo”, que despontou galhardamente nas preconizações do malsinado “Consenso de Washington”. E assim se iniciou uma série interrupta de desastres, de cujas consequências deletérias, em especial a classe trabalhadora, até hoje, não se esquece.
Entretanto, como se diz no ditado, a natureza não se defende, mas sabe se vingar. Mude-se o termo "natureza" por povo, eleitor, população, que a sentença continua válida. Excetuando-se alguns bastiões, onde majoritariamente se impõe a ala mais conservadora e reacionária do eleitorado [...].
O sinal de declínio foi, e é tão grande, que uma figura reconhecidamente medíocre, desagregadora, autocentrada e mitômana como José Serra passa a ser a grande referência política e eleitoral para o um partido nascido da inspiração de um Mário Covas e de um Franco Montoro.
Convenhamos, é demais. O PT deveria erguer um busto de FHC lá na sua sede em São Bernardo.”
FONTE: por JB Costa no portal de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-erros-do-governo-fhc) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
Nenhum comentário:
Postar um comentário