quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A FRAQUEZA DO IMPÉRIO AMERICANO, PELO PRISMA CONSERVADOR

Por Jorge Nogueira Rebolla


“Os americanos possuem de si a mesma visão dos antigos gregos. O "ápice da civilização". Um povo sitiado pelos bárbaros. No caso atual, abrem algumas exceções: os demais britânicos, os franceses e os que eles consideram sua obra civilizatória, os japoneses e os alemães.

Grande parte dos americanos são profundamente tocados pelos ensinamentos dos pais fundadores. Acreditam piamente que aquela construção ideológica é o paradigma que deveria guiar o mundo. Devido a isso, com exceções pontuais, eles agiram externamente mais como uma gigantesca Fenícia. Um império comercial se utilizando das divisões e contradições internas dos demais povos. Claro que, como todos os demais, sujaram e sujam as suas mãos. Porém, mesmo esse controle está sendo minado pelas modificações culturais dentro da própria sociedade americana. As justificativas para as ações do governo devem ser cada vez mais elaboradas. O que atualmente não conta muito, visto que a informação é instantânea e disseminada.

O que era aceitável há 50 anos hoje não é mais. Os direitos que tanto prezam servem como enfraquecedores de qualquer determinação. Isto se deve também, e principalmente, às mudanças culturais ocorridas a partir da década de 1960. A confusão deliberada criada entre os antigos e os novos "princípios". A fragilidade vem de dentro. Enquanto para os gregos os bárbaros, praticamente, não eram homens, para uma grande parcela da sociedade americana, após essas mudanças, é exatamente essa diferença que os torna. Isso os enfraquece ainda mais.

Mesmo sendo o ente mais poderoso militarmente da história da humanidade, continuará colhendo fracassos. E cada vez mais. Um exemplo recente é o Iraque. Se os EUA tivessem vocação para império militar, jamais permitiriam o que está ocorrendo. O país ocupado está cada vez mais sob a influência iraniana, devido à afinidade entre os xiitas dos dois lados da fronteira. O apoio de Al-Malik, ao sírio Al-Assad e o reequipamento das forças armadas iraquianas pelos russos. No mês passado, foi assinado o primeiro contrato, no valor de US$ 4,2 bilhões, para a compra de helicópteros de combate e lançadores de mísseis [russos].

Embora possuam de si mesmos uma imagem inflada pela autoestima, falta-lhes a genialidade verdadeira dos gregos e a determinação brutal do romanos. Como o caminho que seguem, aparentemente, não tem volta, basta não permitir as dissensões internas para não ser dilacerado por uma águia sem bico ou garras. A América está se transformando no autêntico rato que ruge.”

FONTE: escrito por Jorge Nogueira Rebolla e postado no portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-fraqueza-do-imperio-americano-pelo-prisma-conservador) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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