[OBS deste blog 'democracia&política':
Parabéns ao Banco Itaú, aos megabancos nacionais e estrangeiros e, particularmente aos sonegadores! O "Datafolha" divulgou ontem sua pesquisa mostrando a vitória de Marina no 2º turno.
Este blog já mencionou há poucos dias um dos motivos de o Banco Itaú ter-se lançado como candidato à Presidência da República, travestido de "Marina Silva". O banco foi descoberto sonegando R$ 18,7 bilhões e não quer pagar.
Segundo reportagem do "R7" (André Forastieri), "em agosto de 2013 — no governo Dilma Rousseff — a Receita Federal autuou o Itaú Unibanco. Segundo a Receita, o Itaú deve uma fortuna em impostos. Seriam R$ 18,7 bilhões relativos à fusão do Itaú com o Unibanco, em 2008. O Itaú deveria ter recolhido R$ 11,8 bilhões em Imposto de Renda e R$ 6,8 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A Receita somou multa e juros."
O que causou essa candidatura do Itaú manipulando Marina Silva foi o fato de a Receita Federal do governo Dilma estar cobrando a devolução daquele dinheiro público que o banco se apropriou. O Itaú não quer pagar. Assim, apoia Marina para derrotar Dilma e anular a dívida. Outros grandes sonegadores, inclusive grande rede de TV, também apoiam Marina.
Tudo indica, acreditando-se no Datafolha, que a jogada deu certo. Essa anulação virá de forma natural e sem alarde quando os bancos assumirem o comando permanente e intocável do BACEN e da macroeconomia brasileira. Essa assunção ocorrerá com a esperta e eufêmica manobra capciosa de tornar o "Banco Central independente" (isto é, independente do governo, mas exclusiva e totalmente dependente dos megabancos). Marina já se comprometeu publicamente com essa "independência".
Vejamos o artigo seguinte do "GGN": MARINA GANHARIA HOJE: BEM FEITO!]
Marina e o mito do cavaleiro solitário
Por Luis Nassif
"Todo fim de ciclo político abre espaço para os 'outsiders' da política.
São períodos em que ocorre um aumento da inclusão, da participação popular e os mecanismos políticos tradicionais não mais dão conta da nova demanda. Há o descrédito em relação à política e, no seu rastro, o cavaleiro solitário, cavalgando o discurso moralista e trazendo a esperança da grande freada de arrumação.
Fazem parte dessa mitologia políticos como Jânio Quadros, Fernando Collor e, agora, Marina Silva.
Tornam-se fenômenos populares, o canal por onde desaguará a insatisfação popular com o velho modelo.
No poder, isolam-se por falta de estrutura partidária ou mesmo de quadros em qualidade e quantidade suficiente para dar conta do recado de administrar um país complexo como o Brasil.
Com poucos meses de mandato, a população percebe que não ocorrerá o milagre da transformação política brasileira e se desencantará com o salvador. Sem base política, sem o canal direto com o povo, perdem o comando e trazem a crise política.
Desde a redemocratização de 1945, o Brasil tornou-se um país difícil de administrar, dada a complexidade de forças e setores envolvidos. Só é administrável através das composições políticas.
Na última década, a complicação ficou maior porque floresceram uma nova sociedade civil, novas classes de incluídos e o fantasma da hiperinflação (e dos pacotes econômicos) não mais funcionava como agente organizador das expectativas e de desarme das resistências.
O maior momento de Marina foi quando, na OMC (Organização Mundial de Comércio) defendeu o direito do Brasil de proibir a importação de pneus. No episódio Cessna, descobre-se [que o avião da campanha Eduardo/Marina era de] um sócio oculto do ex-governador Eduardo Campos, que enriqueceu com incentivos fiscais (do estado de Pernambuco) [concedidos pelo governador Eduardo] justamente para a importação de pneus.
Não apenas isso.
Sua vida profissional [de Marina] indica uma personalidade teimosa e desagregadora.
Começou a vida política com Chico Mendes. Depois, rompeu com ele e aderiu ao PT. Foi parceira de Jorge Vianna, governador do Acre. Rompeu com Jorge, tornou-se Ministra de Lula.
Teve embates com a então Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff acerca da exploração da energia na Amazônia. Perdia os embates nas reuniões Ministeriais, mas criava enormes empecilhos no licenciamento ambiental.
Nas reuniões ministeriais, jamais abria mão de posições. Quando derrotada, se autovitimizava e, nos bastidores, jogava contra as decisões com as quais não concordava.
Saiu do governo Lula no dia em que anunciou seus planos para a Amazônia e Lula entregou a gestão para Roberto Mangabeira Unger.
Saiu do governo, entrou no PV e promoveu um racha no partido. Tentou montar a Rede, juntou-se com o PSB e criou conflitos de monta com os principais auxiliares de Campos.
A teimosia em geral estava a serviço de ideias e conceitos totalmente anticientíficos.
Combateu as pesquisas em células tronco. Em 2010, em uma famosa entrevista no Colégio Marista, em Brasilia, anunciou que proibiria ensinar Darwin nas escolas, por ser a favor do criacionismo.
Se o país resolver insistir na aposta no personagem salvador, só há uma coisa a dizer: bem feito!"
FONTE: escrito por Luis Nassif no "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/marina-e-o-mito-do-cavaleiro-solitario).[Título obtido no "Viomundo" e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
Vejamos o artigo seguinte do "GGN": MARINA GANHARIA HOJE: BEM FEITO!]
Marina e o mito do cavaleiro solitário
Por Luis Nassif
"Todo fim de ciclo político abre espaço para os 'outsiders' da política.
São períodos em que ocorre um aumento da inclusão, da participação popular e os mecanismos políticos tradicionais não mais dão conta da nova demanda. Há o descrédito em relação à política e, no seu rastro, o cavaleiro solitário, cavalgando o discurso moralista e trazendo a esperança da grande freada de arrumação.
Fazem parte dessa mitologia políticos como Jânio Quadros, Fernando Collor e, agora, Marina Silva.
Tornam-se fenômenos populares, o canal por onde desaguará a insatisfação popular com o velho modelo.
No poder, isolam-se por falta de estrutura partidária ou mesmo de quadros em qualidade e quantidade suficiente para dar conta do recado de administrar um país complexo como o Brasil.
Com poucos meses de mandato, a população percebe que não ocorrerá o milagre da transformação política brasileira e se desencantará com o salvador. Sem base política, sem o canal direto com o povo, perdem o comando e trazem a crise política.
Desde a redemocratização de 1945, o Brasil tornou-se um país difícil de administrar, dada a complexidade de forças e setores envolvidos. Só é administrável através das composições políticas.
Na última década, a complicação ficou maior porque floresceram uma nova sociedade civil, novas classes de incluídos e o fantasma da hiperinflação (e dos pacotes econômicos) não mais funcionava como agente organizador das expectativas e de desarme das resistências.
O maior momento de Marina foi quando, na OMC (Organização Mundial de Comércio) defendeu o direito do Brasil de proibir a importação de pneus. No episódio Cessna, descobre-se [que o avião da campanha Eduardo/Marina era de] um sócio oculto do ex-governador Eduardo Campos, que enriqueceu com incentivos fiscais (do estado de Pernambuco) [concedidos pelo governador Eduardo] justamente para a importação de pneus.
Não apenas isso.
Sua vida profissional [de Marina] indica uma personalidade teimosa e desagregadora.
Começou a vida política com Chico Mendes. Depois, rompeu com ele e aderiu ao PT. Foi parceira de Jorge Vianna, governador do Acre. Rompeu com Jorge, tornou-se Ministra de Lula.
Teve embates com a então Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff acerca da exploração da energia na Amazônia. Perdia os embates nas reuniões Ministeriais, mas criava enormes empecilhos no licenciamento ambiental.
Nas reuniões ministeriais, jamais abria mão de posições. Quando derrotada, se autovitimizava e, nos bastidores, jogava contra as decisões com as quais não concordava.
Saiu do governo Lula no dia em que anunciou seus planos para a Amazônia e Lula entregou a gestão para Roberto Mangabeira Unger.
Saiu do governo, entrou no PV e promoveu um racha no partido. Tentou montar a Rede, juntou-se com o PSB e criou conflitos de monta com os principais auxiliares de Campos.
A teimosia em geral estava a serviço de ideias e conceitos totalmente anticientíficos.
Combateu as pesquisas em células tronco. Em 2010, em uma famosa entrevista no Colégio Marista, em Brasilia, anunciou que proibiria ensinar Darwin nas escolas, por ser a favor do criacionismo.
Se o país resolver insistir na aposta no personagem salvador, só há uma coisa a dizer: bem feito!"
FONTE: escrito por Luis Nassif no "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/marina-e-o-mito-do-cavaleiro-solitario).[Título obtido no "Viomundo" e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
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