terça-feira, 6 de janeiro de 2015

KÁTIA ABREU NÃO VAI COMER CARNE DA FRIBOI




Kátia não vai comer carne da Friboi

“Não queremos ficar na mão da JBS (Friboi), Marfrig, Minerva”. 

Do portal "Conversa Afiada":


"A 'Fel-lha' preparou uma daquelas entrevistas para desqualificar aliados da Dilma.

A “vítima” seria a Kátia Abreu, Ministra da Agricultura.

Desmontada foi a "Fel-lha" (ver no ABC do C Af).

E não foi como aquela notável entrevista da Urubóloga com o Levy, em que o Levy fez a Urubóloga de boba.

A Kátia abriu o verbo.
Devolveu todas as provocações da intrépida repórter.

É aquela colonista (também no ABC do C Af) ilustre, um verdadeiro canhão numa faixa do campo político.

No outro espaço, ela é inofensiva como um pardalzinho na chuva.

A Kátia mostrou por que a Dilma fez excelente escolha:

"A China, que importa 23% dos nossos produtos, pode parar de investir em uma porção de coisas. Mas 1,3 bilhão de pessoas lá seguem precisando almoçar, jantar e lanchar. Está havendo uma queda de preços [dos alimentos exportados], mas não creio em alteração de volume. Mesmo com o embargo [de potências internacionais], os russos continuam se alimentando de frango. As pessoas têm de comer. E a gente não exporta produtos muito agregados, consumidos por pessoas ricas. Exportamos é carne, que a massa come, um produto processado por lá.
(…)

Vamos assinar acordos firmes e claros para a habilitação, por exemplo, de novas fábricas frigoríficas no Brasil, para que elas possam exportar para esses países. Os chineses e os russos verbalizam: “Não queremos ficar na mão de JBS, Marfrig, Minerva [os maiores frigoríficos do país]“. Eles querem ter mais opções de compra. Vamos ampliar as possibilidades.
(…)

Todo mundo me fala: “Você vai brigar com o [ministro da Fazenda] Joaquim Levy”. Gente, tenho uma tranquilidade tão grande! O setor [do agronegócio] é tão consolidado e dá respostas tão rápidas que é perigoso até ele me dar mais do que peço. É verdade! Ele não quer que o país se recupere? Vai recuperar com que, gente? Fabricando o que, a não ser comida? Então não tenho medo dos cortes do Levy. Ele vai investir em carne boa. Não vai investir em carne podre. O agronegócio não é carne podre.
(…)

Não temos problema com terra indígena, a nossa implicância é com a legalidade. Se a presidenta entender que os pataxós estão com a terra pequena, arruma dinheiro da União, compra um pedaço de terra para eles e dá. Ótimo. Eu só não posso é tomar terra das pessoas para dar para outras.

As terras dos índios também foram tomadas.

Então vamos tomar o Rio de Janeiro, a Bahia. Por que [o raciocínio] só vale em Mato Grosso do Sul? O Brasil inteiro era deles. Quer dizer que nós não iríamos existir.
(…)

Nós precisamos criar uma grande classe média rural brasileira. Ela hoje não existe. Dos cinco milhões de produtores do país, 300 mil são das classes A e B e só 796 mil da C. Nas classes D e E estão 70%, que contam com financiamento barato, mas não têm assistência técnica. Nós precisamos pegar essas pessoas, identificá-las, fazer editais e leilões para dar a elas assistência continuada. Eu tenho que fazer igual babá, decidir o que vai produzir. Não existe terra ruim. Tendo água, até na Arábia Saudita as pessoas plantam.
(…)

Temos de apostar tudo na privatização. A presidente, inclusive, enviará proposta ao Congresso mudando a legislação de hidrovias. Temos vários “Mississippi” maravilhosos. O correto é o governo fazer as hidrovias e depois concessionar para a iniciativa privada tocar."

Clique aqui para ler sobre Teles Pires e eclusas.


FONTE: do portal "Conversa Afiada"   (http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2015/01/05/katia-nao-vai-comer-carne-da-friboi/).

Nenhum comentário: