Li ontem no blog do Noblat a seguinte matéria do jornal O Globo:
“Na semana em que o país lembra os 40 anos do Ato Institucional nº 5 (AI-5), que entrou em vigor no dia 13 de dezembro de 1968, um grupo de historiadores mostra que a sociedade civil foi omissa no momento em que o país mergulhava no período mais sombrio do regime militar.
- A ditadura brasileira, sem nenhuma dúvida, em todos os seus momentos, foi uma ditadura militar e civil. Sem os civis, ela não teria começado, nem durado como durou - diz o professor da UFF Daniel Aarão Reis, na primeira reportagem de uma série de Chico Otávio, publicada neste domingo do Globo.
Apesar de em 68 o apoio não ter sido o mesmo dado em 64, quando grupos se organizaram para pedir a deposição de João Goulart, a máquina militar conquistou a conivência de multidões. As historiadoras Denise Rollemberg, Janaína Cordeiro e Lúcia Grinberg analisam a participação civil na ditadura a partir do estudo das ações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Arena, além da mobilização pelo Sesquicentenário da Independência, em 1972.
Elas sustentam que uma pequena parcela era totalmente a favor da ditadura ou radicalmente contra. A massa, elas afirmam, circulava por uma "zona cinzenta" de apoio e crítica.
- A ditadura foi capaz de estabelecer um diálogo com a sociedade. A ditadura não saiu do nada É uma construção social - afirma.”
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