Li hoje no blog “de um sem mídia”, de Carlos Dória, o seguinte texto obtido no blog “Os Amigos do Presidente Lula”:
“Costa-Gavras, diretor grego dos filmes "Desaparecido", "Z", "Estado de Sítio", entre outras obras-primas, virá pela quarta vez ao Brasil, para abrir o 13º Cine PE – Festival do Audiovisual do Recife, em 27 de abril, com seu mais recente filme "Eden is west", sobre o fenômeno da imigração ilegal na Europa.
Em entrevista ao Jornal do Brasil durante o Festival de Berlim, Gavras confessa que gosta da idéia de estreitar relações com o Brasil, país que, até mesmo por todas suas convulsões políticas e econômicas recentes, é um exemplo para o continente.
– Para nós, europeus, e particularmente para mim, que venho de um país que também enfrentou uma ditadura militar, o Brasil é uma nação milagrosa. Durante décadas, a América Latina foi uma espécie de laboratório para os Estados Unidos. Fazia-se o que Washington mandava. Nos últimos anos, seu presidente (Lula) está promovendo uma mudança radical no país, a ponto de criar um equilíbrio de poder com os EUA. É algo que não se vê no continente há mais de 50 anos. Tinha esperanças também na Venezuela, mas acho que o Hugo Chávez está exagerando – ri o diretor, presidente do júri do Festival de Berlim no ano passado, que deu o Urso de Ouro ao brasileiro Tropa de elite.
O cineasta contou uma curiosa história sobre sua primeira visita ao Brasil, no início dos anos 70, no auge da ditadura militar, quando já era famoso por seus filmes políticos, censurados no Brasil.
Ele desembarcou a caminho de Belo Horizonte para fazer pesquisa sobre guerrilheiros uruguaios que sequestraram um cônsul brasileiro e um oficial da inteligência americana. Colhia material para o filme "Estado de sítio" (1973), cuja história se passa no Uruguai.
Seu filme "Z" (1969), que reconstitui o golpe militar da Grécia, corria o mundo como ganhador do Oscar de Filme Estrangeiro. Gavras diz:
– Não viajei ao Brasil em segredo. Mas, naquela época, não seria bom ser associado a um filme como "Z". Não deu outra. Na alfândega brasileira, quando olharam para os meus documentos, foram logo perguntando: "O senhor é o Costa-Gavras?". Despistei explicando que não, que eu me chamava Kostantinos Gavras, que Gavras é um nome muito comum na Grécia.”
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