Li hoje no “vermelho” o seguinte texto preparado pela redação do site com informações do jornal Valor Econômico:
“O PSB pretende ter candidato próprio à sucessão presidencial em 2010 e descarta apoio a qualquer candidato de oposição ao governo Lula. "Qualquer candidatura nossa será dentro do bloco de apoio ao governo e de defesa da continuidade do projeto político liderado hoje pelo presidente Lula" , disse o 1º vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.
O dirigente socialista descartou a possibilidade de seu partido apoiar a candidatura presidencial do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Segundo ele, a aliança que o partido tem hoje com Aécio é circunscrita a Belo Horizonte, cujo prefeito, Márcio Lacerda, do PSB, foi eleito com apoio de Aécio e do PT. " É uma aliança mineira e belorizontina " , comentou Amaral.
Nos últimos dias, surgiram informações de que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) seria favorável a uma aliança com Aécio Neves, em 2010, para enfrentar Dilma Rousseff, pré-candidata do PT e predileta do presidente Lula para sucedê-lo. " O sentimento do partido é ter candidatura própria " , disse Roberto Amaral." Não teremos candidato contra o presidente Lula " , ressalvou.
O secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo (SP) também não vê possibilidade de uma separação dos atuais aliados na sucessão: "O Ciro tem muito mais afinidade com o nosso projeto do que com o projeto tucano. Há um divórcio ideológico em uma dobradinha dele com Aécio " , declarou o petista. Outros companheiros de legenda de Ciro são cuidadosos ao comentar os elogios do cearense ao tucano mineiro. Afirmam que eles são amigos e têm pensamentos coincidentes pelo fato de serem de uma mesma geração.
O PSB quer cumprir, na eleição de 2010, o mesmo papel desempenhado em 2002, quando lançou à presidência o então governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho. Naquela ocasião, ao lado de outro candidato da oposição - Ciro Gomes, então no PPS -, os socialistas ajudaram a desgastar o candidato do governo - José Serra, do PSDB -, com ataques ao governo, deixando que o terceiro candidato da oposição - Lula, do PT - corresse por fora. Vitorioso, Lula compôs com Garotinho e Ciro para governar.
Em 2010, disse Roberto Amaral, será possível fazer o mesmo, mas com os papéis invertidos. Agora, o PSB terá um candidato que, ao lado de Dilma Rousseff, defenderá o governo e o projeto político do presidente Lula e atacará a oposição, representada por Serra ou Aécio" Teremos uma repetição do que aconteceu em 2002" , aposta Amaral.
Os pessebistas não veem nas críticas de Ciro a Dilma, afirmando que "ela não tem projeto ", uma ataque pessoal à petista. "Os dois se dão muito bem. O que o Ciro quis dizer é que a Dilma não pode ser uma mera continuidade do projeto Lula. Ela precisa construir o seu próprio caminho e isto ainda não aconteceu", justificou o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES).
Para consolidar a sua candidatura, Ciro, além de se expor mais na mídia - algo que não estava fazendo por razões pessoais - vai iniciar uma série de viagens pelo país.
Recentemente, esteve em Manaus. Nos próximos dias, estará em Porto Alegre ao lado de Beto Albuquerque. "Além do recall que ele tem das últimas eleições, Ciro tem experiência econômica e uma boa visão dos efeitos desta crise" , elogiou Beto.
Ciro Gomes não é visto, pelos socialistas, como o único possível candidato do partido à sucessão de Lula. De acordo com o vice-presidente do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a deputada Luiza Erundina (SP) também são possíveis candidatos. "O Eduardo é o nosso grande nome e nossa grande reserva. É o nome mais importante da esquerda no Norte-Nordeste. Tem uma administração bem-sucedida. Se há uma reeleição certa em 2010, é a dele. Temos que ponderar isso", observou Amaral.
ESTATAL PARA O PRÉ-SAL
Enquanto discute o futuro do partido para 2010, o PSB também se movimenta para fortalecer o Estado. Nesta semana, o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg, apresentou a proposta de criação de uma estatal para cuidar do petróleo do pré-sal ganhou sobrevida. Rollemberg, fez ao ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, um pedido formal para a criação de uma empresa do governo responsável pela exploração das grandes reservas.
Lobão defendeu a mesma proposta no ano passado, mas esbarrou na suspeita de que escondia ambições pessoais em relação à bilionária produção petrolífera brasileira.
A nova estatal defendida por Rollemberg atuaria em parceria com outras empresas, inclusive a Petrobras.”
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