“É para se repensar a ideia mal copiada pelo Governo FHC ao implantar um Ministério da Defesa descolado da realidade militar brasileira, ao invés de simplesmente evoluir da estrutura do EMFA, já muito bem implantada, que era o embrião desse Ministério. No modelo EMFA haveria o rodízio dos Ministros da Defesa, um ano com cada Arma, como era no EMFA, porque nós não temos a cultura de civis dirigindo a Defesa e a experiência mostrou-se inoperante, cara e desestimuladora das FF.AA. com políticos que não entendem nada do assunto pilotando um Ministério tão importante.
O modelo de Ministério da Defesa é americano, veio ca criação do DoD (o Pentágono) em 1947, pelo General Marshall. Antes o mundo todo, inclusive os EUA, usava o modelo francês de Ministérios por Arma, nos EUA as Secretarias da Guerra e da Marinha eram as mais antigas da União e funcionaram muito bem durante toda a 2ª Guerra.
O Brasil (e outros países da AL) simplesmente por modismo, copiaram mal o modelo do Pentágono, a estrutura civil não serviu para nada a não ser para aumentar despesas, nós não deveríamos ter clonado a seco o modelo americano, que se destinou à realidade da potencia mundial, aqui a coisa poderia ser bem mais simples, um Ministério de coordenação mas com comando profissional, os militares entendem infinitamente mais de assuntos de defesa do que amadores curiosos. Para complicar, no Brasil não houve critério para escolher titulares da Defesa, todos improvisados, perdendo-se eficiência, recursos e tempo com essa clonagem mal feita.
Para complicar, aqui no Brasil entrou na área também o inacreditável Ministro do Longo Prazo, Mangabeira Unger, visitando fábricas de armamentos, como se entendesse alguma coisa do assunto, ele e o Ministro Jobim correndo o mundo para ver submarinos, aviões, tanques, fragatas, uma coisa sem pé e nem cabeça, enquanto aqui os militares nem sequer participaram da elaboração de um Plano Nacional de Defesa, o que causou enorme irritação entre os comandos, com toda a razão. A area de Defesa está mal parada e o País precisa repensar esse modelo manco, que não funciona, fazendo voltar o profissionalismo aos assuntos militares, exatamente como ocorreu nesse caso do Airbus da Air France, hoje manejado por quem tem competência para tanto.
Realmente dá gosto ver a postura sóbria, competente, transparente e estritamente profissional de nossos oficiais da FAB e da Marinha, trabalhando em conjunto em perfeita coordenação, sem estrelismos ou vaidades pessoais, apenas no cumprimento do dever.”
FONTE: artigo de Andre Araujo, postado no blog do jornalista Luis Nassif, em 11/06/2009.
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