“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “vale mais garantir o poder de consumo dos pobres do que desonerar tanto a economia”. Segundo o presidente, o dinheiro dos mais pobres vai para o consumo “e não para o banco ou para os derivativos”.
Lula disse também que os países com carga tributária muito baixa não contam com um Estado forte, que age em favor da nação. O presidente lembrou que a extinção da CPMF provocou perdas de R$ 40 bilhões para a Saúde, mas “não vi ninguém reduzir do preço”.
Ao criticar empresários que nem sempre repassam as desonerações fiscais para os consumidores, Lula defendeu a distribuição direta de recursos à população como o melhor meio de se ativar a economia.
Ele lembrou que, desde que assumiu o governo, as desonerações sobre produtos como máquinas, automóveis e eletrodomésticos, entre outros, somam 100 bilhões de reais. “Imaginem 100 bilhões na mão do povo”, declarou. Como exemplo, o presidente voltou a lembrar que o fim da CPMF não provocou uma redução nos preços dos produtos no país. Mas ressaltou que a redução de impostos promovidas para enfrentar a crise têm estimulado o consumo de veículos e eletrodomésticos.
CARGA TRIBUTÁRIA
Ele salientou ainda que desonerações para classes mais altas normalmente não se revertem em consumo. “Cada real que você dá na mão de um pobre ele volta automaticamente para o comércio, para o consumo e vai reativar a economia. Um real para mil pessoas são mil reais para o comércio”, disse Lula. “Ele (o pobre) não vai para o banco, para o derivativo, é isso que precisamos fazer para a economia deste país crescer”.
Segundo Lula, cada real dado às famílias mais pobres é certamente revertido em consumo.
“Tenho tido reuniões no Ministério da Fazenda e dito que, em vez de desonerar tudo, por que não dar para os pobres? Às vezes, desoneramos e vocês (empresários) não passam para o preço do produto”, disse o presidente. Lula também defendeu o nível da carga tributária brasileira como mecanismo de política social. “A carga tributária da América Central é 9 ou 10 por cento. Um país com 9 ou 10 por cento de carga não tem Estado, porque o Estado não pode cuidar de nada”, afirmou”.
FONTE: site “vermelho”, em 24/06/2009, com agências
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