domingo, 18 de julho de 2010
A DRA. CUREAU É O NOVO GILMAR. JOBIM, E O ESTADO DE DIREITO ?
José Lopez Feijóo, líder metalúrgico do ABC. Honduras não é aqui
“O Estadão foi (e é) o house-organ do Gilmar Dantas (*).
Durante dois anos, o Supremo Presidente do Supremo governou o Brasil nas páginas do Estadão – e nos minutos que o Ali Kamel lhe concedia no jornal nacional, cinco vezes por semana, convém sublinhar.
E no Estadão (e no jornal nacional). Ele quase dá o Golpe de Estado da Direita.
O Presidente Supremo do Supremo era uma espécie de “especialista de gaveta”.
Quando o Estadão queria derrubar o Lula a propósito de qualquer “reportagem” ou “análise”, Ele entrava no texto para referendar o Golpe do Estadão.
Para dar um verniz jurídico ao Golpe.
Ser o Carlos Medeiros Silva e redigir o Ato Institucional # 1, que cassaria o mandato do Lula.
(E fecharia todos os blogs.)
Gilmar ia hondurizar o Golpe.
A Fortuna permitiu que Cezar Peluso substituísse o Supremo Presidente e devolvesse ao Supremo a discrição que confere autoridade.
Presidente do Supremo não é pop star, nem faz campanha eleitoral para dar 986 entrevistas por semana.
(Procurador da Justiça Eleitoral também não.)
O Supremo não suprime o Legislativo ou o Executivo, como fez o Presidente Supremo do Supremo.
Nem o Conselho Nacional de Justiça é uma corte privada, pessoal do presidente do Supremo.
Hoje, o ex-Presidente Supremo do Supremo está contido em sua ministerial insignificância.
Vez por outra ele reaparece, como agora, para sujar, pioneiramente, o Ficha Limpa.
Ler no “Conversa Afiada”: “Lewandowsky não é Gilmar – cuidado, senador Heráclito, sua re-eleição está no limbo”.
Quem o substitui na hondurização do Golpe é a subprocuradora eleitoral, dra Sandra Cureau, que o presidente Lula, em boa hora, designou como uma “procuradora qualquer”.
A dra Cureau é a “especialista de gaveta” do PiG (**).
Ela gosta de uma entrevista.
De um holofote.
Ela entra nas “reportagens” do Estadão para dar o verniz à hondurização.
Neste sábado, na pág. A4, o Estadão decidiu que o “Governo federal gasta além do limite da Lei Eleitoral com publicidade”.
Quem está lá, honduramente ?
Ela, a dra. Cureau: “Governo não pode gastar acima do limite previsto em lei de jeito nenhum”.
Lapidar !
Antológico !
Profundo !
Golpial !
Com a dra. Cureau estamos salvos.
Como salvos estávamos com as 678 entrevistas semanais do Supremo Presidente.
Sabe-se que a dra. Cureau vem do Rio Grande do Sul, embora tenha trabalhado no Rio, quando conheceu o corajoso ministro Joaquim Barbosa.
Em lugar de se inspirar em Barbosa, a dra. Cureau aparentemente se inspira em Gilmar Dantas (*) e em Nelson Jobim, o ministro serrista (***).
Cabe lembrar que o ministro serrista Nelson Jobim foi quem, no Palácio do Planalto, na reunião do “chamar às falas”, produziu uma babá eletrônica que fulminou a carreira do ínclito delegado Paulo Lacerda.
O ministro serrista aparentemente fez isso em nome do “Estado de Direito”.
Derruba-se o Paulo Lacerda (quem é Lacerda, afinal ?, deve ter pensado o ministro serrista), acalma-se o meu bom amigo Gilmar, companheiro dos tempos do Governo do Farol, e o Gilmar não derruba o Lula.
Fica tudo na santa paz.
Bem que o Ministro serrista Nelson Jobim podia ter uma conversinha com a amiga, a dra. Cureau.
E dizer prá ela asim: calma, jovem.
Não se deixe iludir com a gloria efêmera do Estadão.
Isso passa.
Não brinque com fogo.
O Brasil não é Honduras.
E no ouvido, bem baixinho, o ministro serrista poderia perguntar à dra. Cureau: “Você já ouviu falar no Feijóo (****)?”
(*) No "Conversa Afiada há clique aqui para ver como um eminente colonista (***) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (***) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(***) Foi o serrrista Nelson Jobim quem disse que o Serra foi o melhor Ministro da Saúde que o Brasil já teve. Sem duvida. O Serra fez o programa anti-aids do Adib Jatene e os genéricos do Jamil Haddad.
(****) José Lopez Feijóo, líder metalúrgico do ABC.”
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado em seu portal “Conversa Afiada”.
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