INFLAÇÃO EM JUNHO É A MENOR DOS ÚLTIMOS 4 ANOS

INFLAÇÃO É A MENOR EM 4 ANOS EM JUNHO E SE APROXIMA DO CENTRO DA META OFICIAL

“O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou estável em junho (ou seja, registrou 0%), o que representa a menor variação mensal em quatro anos. O menor índice verificado até então foi em junho de 2006, quando houve deflação de 0,21%.

No acumulado do primeiro semestre, porém, o índice soma 3,09%. (...) A meta de inflação do Banco Central para este ano é de 4,5%, com variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%.

(...) A Copa do Mundo é apontada pelo IBGE como um dos motivos da desaceleração da inflação registrada em junho. "Buscamos entender por que a desaceleração do IPCA, já que a renda está em alta e a economia aquecida. Parte do orçamento vai para a Copa e as pessoas ficam menos interessadas na compra de outros produtos, o que leva a promoções no varejo", explicou a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
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A estabilidade em junho foi ajudada principalmente pelo abrandamento dos preços de alimentos.

Em maio, o indicador havia subido 0,43%. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quarta-feira (07/07), apontaram ainda que a inflação oficial em 12 meses acumula alta de 4,84%.

Analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters previam desaceleração da alta do IPCA para 0,11% em junho, segundo a mediana de 21 estimativas que variaram de 0,06% a 0,15%.

"Os alimentos, cujo movimento de alta, decorrente em grande parte de problemas climáticos neste ano, já havia perdido força em maio, foram os principais responsáveis pela forte desaceleração do IPCA em junho", destacou o IBGE.

"Ao passar de (alta de) 0,28% para queda de 0,9% de um mês para o outro, o grupo alimentação e bebidas teve contribuição de menos 0,2 ponto percentual."

Houve queda dos custos de alimentos em todas as regiões pesquisadas, segundo o IBGE. O item de destaque foi a batata-inglesa, que ficou 23,97% mais barata.

Também desaceleraram os custos de habitação (0,78% para 0,40%), artigos de residência (0,59% para 0,35%), vestuário (0,91% para 0,58%), transportes (0,09% para -0,21%), saúde e cuidados pessoais (0,74% para 0,57%), despesas pessoais (0,75% para 0,74%) e educação (0,4% para 0,03%) também registraram desacelerações em seus índices.

O setor de transporte foi influenciado pelo recuo nos preços do etanol e da gasolina.

O núcleo da inflação também desacelerou. Segundo cálculos de economistas, a média dos três núcleos do IPCA subiu 0,35% em junho, ante alta de 0,59% em maio.

REGIÕES

Entre os índices regionais, Curitiba e Porto Alegre apresentaram os menores resultados de junho, ficando em -0,15% cada. Já as maiores taxas foram registradas em Brasília (0,38%) e Belém (0,13%). São Paulo e Rio de Janeiro registraram taxas de 0,00% e 0,04%, respectivamente.

FONTE: publicado no portal UOL (com informações de InfoMoney, Reuters e Valor)[título e subtítulo colocados por este blog].