sexta-feira, 2 de julho de 2010

INVESTIMENTO RECORDE QUESTIONA ALTA DE JUROS

AMPLIAÇÃO DE CAPACIDADE PRODUTIVA CONTRARIA AVALIAÇÃO ORTODOXA DE 'PIB INELÁSTICO' DO BC

“Empresas brasileiras registram o maior nível de investimento dos últimos 10 anos no 1º quadrimestre de 2010.

Área de infraestrutura lidera com inversões equivalentes a 12,6% do faturamento líquido das 500 principais empresas do país.

Recursos estão sendo canalizados para gargalos históricos do desenvolvimento, como as áreas de saneamento, transportes e rodovias.

Capacidade produtiva cresce em ritmo acelerado: produtividade industrial tem aumento acima do reajuste da folha salarial; empresas ampliam escala para atender a demanda de massa, sem pressões inflacionárias. Produção de máquinas, equipamentos e edificações cresceu 38,5% em maio, em relação a igual mês de 2009.

Não há motivo para o Banco Central exercer o papel de vice oculto de Serra e continuar elevando a taxa de juro, que já custou ao país a estonteante soma de R$ 179 bilhões em 12 meses até abril (5,4% do PIB X 0,4% do PIB para um ano de Bolsa Família).

O desvio de recursos públicos para pagar o serviço da dívida interna retirou da sociedade nesse período o equivalente a R$ 920 mil per capita, valor subtraído do bem-estar de cada brasileiro para remunerar os detentores de títulos do governo.

O BC ameaça elevar ainda mais a Selic, que passou dos 8,75% em julho de 2009 para os atuais 10,25%. O mercado prevê uma taxa de 12% ao fim do ano, baseado na falaciosa interpretação de PIB inelástico do BC [PIB potencial], um dogma que a expansão dos investimentos desmente.

Como diz o ex-ministro Delfim Netto: 'O que se pretende com uma taxa Selic de 12,5% não é a estabilidade, mas uma redistribuição de renda a favor do setor financeiro' .

FONTE: cabeçalho da 1ª página do site “Carta Maior”.(01-07)

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