“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou (30/06) o ataque militar israelense a uma frota com ajuda humanitária, no fim do mês passado. O ataque causou a morte de nove ativistas e 30 pessoas. Para Lula, a ação israelense pode ser comparada a atos terroristas. Segundo ele, Israel deve anular de forma definitiva o embargo comercial na Faixa de Gaza – imposto desde dezembro de 2007.
“O Brasil condenou a intervenção em Gaza da mesma forma que condena atos terroristas de qualquer espécie. Consideramos que bloqueios não contribuem para a paz”, disse durante almoço com o presidente da Síria, Bashar Al-Assad, no Itamaraty.
Assim como o governo do Brasil, várias autoridades estrangeiras condenaram o ataque israelense à frota com ajuda humanitária. Há cobranças de explicações e investigações. Mas o governo de Israel se nega a autorizar a condução de apurações externas do caso. Para os israelenses, o ataque foi uma resposta às ameaças dos grupos terroristas na região.
Lula defendeu ainda que a Síria tem direitos sobre as Colinas de Golã. Localizada na fronteira entre Líbano, Jordânia e Síria, as Colinas de Golã passaram para o domínio israelense, na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
“Apoiamos o princípio da 'terra por paz' para assegurar a devolução das Colinas de Golã à Síria”, disse Lula. Em seguida, o presidente reiterou o direito de o povo palestino obter um Estado próprio. “Defendemos um Estado Palestino independente, soberano, coeso e economicamente viável, e que possa conviver com segurança e dignidade com Israel.”
FONTE: reportagem de Priscilla Mazenotti e Renata Giraldi publicada pela Agência Brasil (edição: Lílian Beraldo).
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