quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DILMA QUER O F-18 DOS EUA !?!


BRASIL NECESSITA MELHORES CONDIÇÕES E GARANTIAS PARA EVENTUAL ESCOLHA DE CAÇAS DA BOEING, DIZ FONTE

Da agência norte-americana de notícias Reuters:

“A presidente Dilma Rousseff disse a autoridades dos Estados Unidos que considera o F-18 da Boeing como a melhor opção de caça para a Força Aérea Brasileira, mas que ainda está tentando obter melhores condições com relação à transferência de tecnologia.

Dilma citou o tema da compra dos caças durante uma reunião na segunda-feira, em Brasília, com o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmaram à Reuters fontes familiarizadas com a conversa. Os demais concorrentes no processo de compra dos caças são o Rafale, da francesa Dassault, e o Gripen NG produzido pela sueca Saab.

As declarações de Dilma, junto a sua decisão prévia de adiar a licitação em vez de decidir imediatamente pelos Rafale, como propunha o Ministério da Defesa, sugerem que ela está se inclinando pela proposta da Boeing, num negócio que pode moldar as alianças militares do Brasil pelas próximas décadas.

Mas Dilma disse a Geithner que continua preocupada com as questões de transferência da propriedade tecnológica, algo que o Brasil pleiteia que seja incluído no acordo, para poder desenvolver sua própria indústria militar. A presidente, segundo essas fontes, afirmou estar buscando condições melhores por parte da Boeing, além de garantias de que o governo dos EUA permitirá que tecnologias militares estratégicas mudem de mãos.

O Palácio do Planalto não quis comentar as informações".

[Na opinião deste blog, o maior problema é que o congresso e o governo dos EUA, na área de defesa, não honram compromissos firmados por empresas vendedoras norte-americanas, nem mesmo compromissos formalmente assumidos por seus governos.

Vários casos dessa atitude já ocorreram no mundo. A Venezuela, por exemplo, comprou caríssimos F-16, mas não pode usá-los porque os EUA interromperam totalmente o fornecimento de peças de reposição. O Paquistão, outro exemplo, comprou e pagou seus F-16, porém os EUA não entregaram os aviões por mais de dez anos, até que o Paquistão veio a concordar em ser útil para políticas norte-americanas na região. O Paquistão comprou 28 aviões F-16 na década de 80, mas o Congresso dos EUA cortou toda a ajuda e vendas militares à Islamabad em 1990, "devido ao programa secreto de desenvolvimento de armas nucleares do país".  A entrega dos aviões foi bloqueada, mesmo com o pedido já tendo sido pago. Os aviões ficaram no Arizona.


Em suma, basta algum evento em que o país comprador não se alinhe com políticas externas norte-americanas para que haja interrupção nos suprimentos. Não entregam nem mesmo produtos já comprados e pagos.


Se não entregam produtos concretos dos quais não são mais proprietários, como acreditar em mais abstratas "transferências de tecnologias",  as quais os EUA não fazem nem com seus mais tradicionais aliados carnais?

Desse modo, na hipótese de escolha pelo Brasil do Boeing F-18, a nossa frota bilionária de caças somente poderá voar quando, onde e como os norte-americanos quiserem, e se o Brasil for submisso aos desejos do Departamento de Estado dos EUA
].

Continuando com a matéria da Reuters:

"A porta-voz da Boeing, Marcia Costley, afirmou que as garantias de transferência tecnológica são uma questão a ser decidida pelos dois governos. Ela acrescentou que, como parte do eventual negócio, a empresa norte-americana estaria disposta a fornecer ao Brasil também tecnologia e outros tipos de assistência em áreas como transportes, satélites e sistemas bélicos.

"A Boeing tem capacidade e recursos para cumprir suas promessas ... a respeito da transferência de tecnologia, e tem um histórico para provar isso", disse Costley por e-mail.

TEMA PARA OBAMA

O contrato, que deve chegar a pelo menos 4 bilhões de dólares, sem incluir os lucrativos acordos de manutenção e possíveis aquisições adicionais, já sofreu vários adiamentos durante as últimas décadas, conforme o governo brasileiro tentava equilibrar as necessidades da FAB e fatores diplomáticos, de custo e outros.

Desde que a Reuters antecipou, em 17 de janeiro, que Dilma deveria adiar a licitação, os três finalistas têm se empenhado para melhorar suas ofertas. Fontes de uma empresa disseram que a última proposta havia sido apresentada há mais de um ano e que, por isso, seria preciso recalcular os termos.

Enquanto isso, o governo dos EUA quer oferecer as garantias adicionais que Dilma busca. A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse que já ofereceu uma garantia por escrito de que o eventual acordo com a Boeing será respeitado pelo governo dos EUA. Mas Dilma pediu que haja também algum tipo de resolução nesse sentido por parte do Congresso norte-americano.

Na visita que fará em março ao Brasil, o presidente Barack Obama pode oferecer novas condições. A Dassault continua tentando fechar o negócio. Na semana passada, o diretor de exportações da empresa francesa, Eric Trappier, disse a jornalistas que estaria disposto a transferir para o Brasil toda a tecnologia disponível.

Mas há uma limitação para as empresas: em vez de reiniciar a licitação do zero, Dilma busca modificações nas atuais propostas, e pretende tomar a decisão ainda neste ano, segundo um assessor.”

FONTE: reportagem de Brian Winter da agência norte-americana de notícias Reuters (reportagem adicional de Cyril Altmeyerhenzien, em Paris). Transcrita no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/01_lz/fx2/110209_01_rts_dilma_eua.html) [título, imagem e trechos entre colchetes adicionados por este blog].

Um comentário:

ALEX disse...

pelo amor de deus que cabeca te este goveno,so deus q empedir isso o brasil nao pode mexer com este povo mais nao,gente vamos comprar rafale e estudar e desenvolver os nossos avioes,,