Da agência britânica de notícias BBC:
“Os vinte aviões da Embraer recentemente vendidos ao governo dos Estados Unidos deverão ser repassados ao Corpo Aéreo do Exército Nacional do Afeganistão, onde serão usados para combater grupos insurgentes, como o Taleban.
Em resposta a questionamento da BBC Brasil acerca da venda, anunciada no último dia 30, o Pentágono (Departamento de Defesa norte-americano) afirmou que as aeronaves A-29 Super Tucano serão entregues às forças afegãs para promover "treinamento avançado em voo, vigilância, interdição aérea (ataques a alvos no solo) e apoio aéreo próximo".
"O LAS (sigla em inglês para Apoio Aéreo Leve, missão em que as aeronaves serão empregadas) é um esforço de assistência em segurança para o governo afegão", disse o Pentágono.
Em nota, a Embraer confirmou o destino das aeronaves e disse que elas serão vitais "para ajudar o Afeganistão e nações parceiras (dos EUA) a desenvolver suas próprias capacidades aéreas (...), ajudando a trazer de volta, com segurança e rapidez, soldados americanos no Afeganistão e limitando a necessidade de forças americanas em outros locais".
Em discurso em junho de 2010, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a presença de soldados americanos no Afeganistão (onde os EUA combatem desde 2001) se encerraria no fim deste ano.
ACORDO INÉDITO
O A-29 Super Tucano é aeronave militar leve, projetada especialmente para ações de contrainsurgência. Capaz de voar em velocidade e altitude baixas; já teve cerca de 200 unidades encomendadas e é, atualmente, usado por forças aéreas de seis países.
Firmado ao custo de US$ 355 milhões (R$ 650 milhões), o contrato para a venda dos vinte aviões foi o primeiro entre a Embraer e a Defesa americana e prevê, ainda, o treinamento de pilotos e a manutenção das aeronaves. A companhia terá 60 meses para entregar os vinte aviões.
Para concorrer à venda, conforme determina a legislação americana, a Embraer teve de se associar a uma empresa local, a “Sierra Nevada Corporation”.
Segundo a Embraer, os equipamentos serão montados em Jacksonville, no Estado americano da Flórida, e terão, ao menos, 88% de seus componentes fabricados por empresas americanas ou países que se enquadram no “Buy American Act” (legislação que regula as compras do governo americano).
A empresa diz que as cerca de 150 aeronaves Super Tucano em operação já voaram, ao todo, 130 mil horas (das quais 18 mil em missões de combate), sem jamais terem sido abatidas.
Segundo a companhia, o treinamento para que pilotos experientes possam manejá-la dura poucas semanas.”
COMPLEMENTAÇÃO (deste blog 'democracia&política'):
http://www.youtube.com/watch?v=WTzdUBWlGMI
FONTE: publicado pela agência britânica de notícias BBC e transcrito no portal UOL (http://noticias.uol.com.br/bbc/2012/01/05/avioes-da-embraer-serao-usados-no-combate-a-taleba-no-afeganistao.jhtm).
USAF SUSPENDE ENCOMENDA DE SUPER TUCANOS
Contrato de 20 aviões Super Tucano em litígio nos EUA
Por Roberto Godoy, do “O Estado de S. Paulo”
“O pedido de 20 aviões de treinamento e suporte EMB-314 Super Tucano, no valor de US$ 355 milhões, foi suspenso temporariamente, pois a concorrência está sendo contestada
“WASHINGTON - A Força Aérea dos EUA suspendeu, temporariamente, a encomenda de 20 aviões de treinamento e suporte EMB-314 Super Tucano, da Embraer, no valor de US$ 355 milhões, anunciada na sexta-feira passada. Segundo a Força Aérea, a suspensão foi motivada pelo fato de a norte-americana “Hawker Beechcraft” estar contestando o resultado da concorrência em um tribunal federal norte-americano.
A Embraer venceu a concorrência em associação com a norte-americana “Sierra Nevada Corp.”, que responderá pelo treinamento de pilotos e do pessoal de apoio. Nos EUA, o EMB-314 tem a designação A-20. Os aviões serão construídos na fábrica da Embraer em Jacksonville (Flórida), para operar no Afeganistão.
Segundo um porta-voz da Força Aérea norte-americana, o tenente-coronel Wesley Miller, a Força Aérea está "confiante nos méritos da decisão da concorrência e prevê que a contestação será resolvida rapidamente".
O mercado internacional para essa classe de equipamento é avaliado em US$ 3,5 bilhões, envolvendo 300 aeronaves a serem adquiridas até 2020.
Em novembro, quando o AT-6 da “Hawker Beechcraft” foi afastado da competição, a empresa já havia reagido com perplexidade.
O fabricante americano acumula dificuldades. O seu avião nunca entrou em combate e só recentemente pôde realizar os testes iniciais com bombas inteligentes, guiadas a laser, no Arizona, de 28 de setembro e 5 de outubro.
Em novembro, a companhia divulgou comunicado informando que estava pedindo explicações à USAF e que vencer a escolha permitiria gerar 1.400 empregos em 20 Estados.
O interesse da aviação americana é por avião capaz de oferecer apoio à tropa em terra. Os caças pesados são caros. O gasto com a operação, alto. A hora de voo do supersônico F-16E não sai por menos de US$ 6,5 mil, contra apenas US$ 500 do Super Tucano.
OBS da “DefesaNet”:
O julgamento será pelo GAO (similar ao Tribunal de Contas da União do Brasil). Julgamentos que são relativamente rápidos e quase sempre sem recursos.
Já que a USAF estava interessada, e acredita que a competição tenha sido bem fundamentada, em poucos meses, deveremos ter a confirmação do contrato.
O Editor”
FONTE: Agência Estado, por Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo, com informações são da “Dow Jones” (Renato Martins). Trasnscrito no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/4246/EMBRAER---USAF-suspende-encomenda-de-Super-Tucanos
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