José Roberto Arruda (sentado à frente) e mais atrás, na ponta dos pés, ACM Neto
[OBS deste blog ‘democracia&política’: o deputado federal (DEM) ACM Neto ficou famoso quando, na Câmara, do alto da sua arrogância, ameaçou bater na cara do então Presidente Lula. Bateria, porém, somente depois que o ex-senador (PSDB) Arthur Virgílio (que se vangloria de ser faixa-preta de jiu-jitsu) tivesse dado a surra no Lula (o qual também já ameaçara, da tribuna do Senado, com grande repercussão na imprensa).
Todas essas agressões foram por conta de uma caluniosa notícia de que a ABIN “grampeara” o ex-senador (DEM) Demóstenes Torres em conversa com o Ministro do STF Gilmar Mendes. Este, por sua vez, foi ao Palácio do Planalto ameaçar Lula, criando uma muito propagada campanha pelo “impeachment”. Nessa suposta conversa grampeada, segundo transcrição do fictício áudio e sua bombástica publicação pela revista “Veja”, os dois trocavam elogios intensamente. Eram maravilhosos.
O então Ministro da Defesa, o oposicionista de fato Nelson Jobim, pôs mais fogo na fogueira, dizendo, também com grande estardalhaço da imprensa, que a ABIN tem equipamentos que possibilitam aquele grampo.
Após extensas investigações da Polícia Federal, constatou-se que tudo era falso. O grampo não existira. A CPMI veio a apontar para o episódio como provável armação da quadrilha do contraventor Cachoeira, do senador Demóstenes e da revista “Veja”, para provocar o impeachment de Lula e, assim, promover a volta da direita (PSDB/DEM/PPS) ao poder.
Foram momentos de glória vividos pelo bravateiro ACM Neto, que vivia bajulado pela demotucana mídia.
ACM Neto, sempre debaixo de numerosos microfones da mídia da direita. Depois do tragicômico episódio, passou a ser chamado de “grampinho”
A propósito, vejamos o seguinte texto do portal “Vermelho” publicado ontem:]
“O ex-governador de Brasília, José Roberto Arruda, que chegou a ser preso após o estouro do escândalo do mensalão do DEM, disse à revista “Veja” que ACM Neto recebeu dinheiro do esquema de corrupção liderado por ele para a campanha de 2008.
Arruda disse, ainda, que o esquema beneficiou outros aliados políticos do DEM, mas em relação a Neto, foi taxativo: “Também obtive doações para a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador”, disse Arruda.
Arruda foi apontado pela Polícia Federal como líder de uma organização criminosa que desviava recursos públicos por meio de empresas contratadas por seu governo. Ele também disse à “Veja” que, por ser o único governador do DEM no Brasil, conseguia recursos para candidatos em todo o País. Na operação, intitulada “Caixa de Pandora”, foram apreendidos R$ 700 mil em dinheiro, US$ 30 mil, 5.000 euros, computadores, mídias e documentos.
ACM Neto nega a ‘ajuda’ do correligionário, dizendo que suas contas de 2008 foram aprovadas na Justiça Eleitoral, mas os recursos da quadrilha liderada por Arruda não foram contabilizados, configurando-se como o conhecido ‘Caixa2’.
VELHOS AMIGOS
José Roberto Arruda sempre foi muito próximo à família Magalhães. Foi ele que participou, junto com o avô de Neto, Antônio Carlos Magalhães, do escândalo da quebra de sigilo do painel do senado, na votação secreta que cassou o senador Luiz Estevão, há 11 anos. Mesmo diante das denúncias, o DEM de ACM Neto preservou Arruda no partido e cogitou em indicá-lo a vice-presidente da chapa de José Serra, na eleição presidencial em 2010. Somente em agosto deste ano, Arruda foi condenado pela Justiça Federal pela violação do painel do Senado.”
FONTE: portal “Vermelho”, com informações da assessoria de imprensa de Nelson Pelegrino (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=196262&id_secao=1). [Observação inicial e imagens do Google adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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