terça-feira, 6 de novembro de 2012

EM ENTREVISTA, THOMAS SKIDMORE ELOGIA DILMA

[Thomas Skidmore, PhD na Harvard University, prestigioso historiador norte-americano, brasilianista]

"DILMA É UM TANQUE [carro de combate], TEM INSTINTO POLÍTICO"

Da “Folha”, do enviado a Westerly [Rhode Island, EUA]

“Aposentado desde 2001 da Universidade de Brown, Thomas Skidmore segue estudando o Brasil. Ele recebe do amigo David Fleischer, professor da Universidade de Brasília, uma compilação semanal de notícias sobre o país.

Com dificuldades para pronunciar palavras por causa do Alzheimer, seja em inglês ou português, ele diz que o trunfo do Brasil foi ter conseguido equilibrar o jogo ideológico.

Folha - O que mais o fascina no Brasil?

Thomas Skidmore - O Brasil tem uma capacidade de assimilação grande, que em certo sentido se parece com os EUA. É um país formado por imigrantes. Veja a relação Dilma e Bulgária. Parece improvável. O pluralismo é uma grande lição do Brasil.

-O Sr. tem acompanhado essa excitação internacional em torno do país?

O Brasil criou um modelo único, entre o público e o privado, que funciona muito bem. E soube equilibrar o jogo ideológico, que o elevou a outra categoria. Por isso, todo mundo está olhando para ele.

-O que acha de Dilma?

Gosto dela, a Dilma é um tanque [carro de combate], tem instinto político muito bom, admiro a maneira como ela trata o governo. É muito difícil para uma mulher governar um país latino-americano, você precisa mostrar que tem um pouco de característica de homem.

-O Sr. jantou com o embaixador americano no Brasil em 31 de março de 1964, um dia antes do golpe. Ficou sabendo o que aconteceria?

Sim, ele indicou naquela noite o que estava vindo. Era óbvio que a embaixada americana ajudava a oposição [os militares e, especialmente, a UDN, hoje transformada em DEM, PSDB, PPS]. No jantar, (o embaixador Lincoln) Gordon foi passar um telegrama para Lyndon Johnson (presidente dos EUA) contando as novas e pedindo que o governo americano reconhecesse [imediatamente] o regime. Ele disse que “tinha ganhado”. Foi um momento de clímax.”

FONTE: reportagem do enviado a Westerly [Rhode Island, EUA] da “Folha de São Paulo”. Transcrita no portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/em-entrevista-thomas-skidmore-elogia-dilma) [Imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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