Do blog "Fatos e Dados", da Petrobras:
Refinaria de Pasadena: resposta à "Bloomberg"
[OBS deste blog 'democracia&política': A "Bloomberg" é um dos principais provedores mundiais de informação para o mercado financeiro. O dono e presidente, Michael Bloomberg, foi prefeito da cidade de Nova York de 2002 a 2013 (fonte: wikipedia)].
Leia resposta que enviamos à "Bloomberg" sobre a refinaria de Pasadena:
RESPOSTA PETROBRAS:
"A Petrobras está colaborando com todos os órgãos públicos, fornecendo informações sobre o processo da compra de Pasadena. Além disso, foi criada uma comissão interna para apurar todos os detalhes do processo referente à compra da refinaria, com representantes de várias áreas da companhia. O relatório final da Comissão Interna de Apuração da Petrobras será encaminhado à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal.
A compra da Refinaria de Pasadena estava em sintonia com os planos estratégicos desde 1999, que indicavam a expansão do refino no exterior para agregar valor à produção de óleo pesado da Petrobras. Até 2008, nas condições econômicas com margens de refino elevadas, e do mercado de derivados, o negócio "50% Pasadena", aprovado em 2006, mostrou-se potencialmente bom. Após 2008, nas condições de então, com margens reduzidas, o negócio "100% Pasadena", sem as modificações para processar óleo pesado, transformou-se em empreendimento de baixo retorno sobre o capital investido. Além disso, com a descoberta do pré-sal, a Petrobras reviu seu "Plano de Negócios e Gestão" e concentrou esforços e investimentos no país.
Mas o mercado de refino é cíclico e, hoje, com a recuperação das margens ao processar petróleo leve não-convencional (tight oil), a Refinaria de Pasadena vem apresentando resultados positivos, tendo realizado lucro líquido de US$ 63,8 milhões no primeiro trimestre de 2014.
A Petrobras informa que não foi formalmente notificada pelo Departamento de Justiça dos EUA sobre eventual investigação em andamento relativamente à aquisição da Refinaria de Pasadena.
A Petrobras não comenta sobre negociações em curso ou negociações passadas e reitera o compromisso de divulgar qualquer decisão relevante acerca de aquisições ou desinvestimentos, sempre que existentes.
PERGUNTAS BLOOMBERG:
* Algum funcionário da Petrobras recebeu bônus, promoções ou outras recompensas ou incentivos decorrentes das transações de compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, 2007 e 2008? Caso a resposta seja afirmativa, informe os detalhes.
* Algum funcionário da Petrobras, nos EUA ou no Brasil, foi repreendido ou punido de outra forma em decorrência das transações de compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, 2007 e 2008? Caso a resposta seja afirmativa, informe os detalhes.
* Qual é a atual função de Michael Ditchfield na Petrobras? Ele foi um dos principais negociadores da empresa no acordo de Pasadena. A função dele na empresa mudou desde as transações? Caso a resposta seja afirmativa, informe os detalhes.
* O objetivo declarado da Petrobras no momento em que comprou sua participação inicial na refinaria de Pasadena em 2006 e pelos dois ou três anos depois disso era modificar a instalação a fim de processar 70 mil barris por dia do óleo pesado que ela produzia no Brasil, o que permitiria que a empresa abastecesse a matéria-prima a um preço baixo o suficiente para gerar margens elevadas. Como é possível a empresa ainda não ter atingido esse objetivo declarado, cerca de oito anos depois?
* Não tendo modificado a instalação conforme o plano original, o valor atual de Pasadena para outros potenciais compradores é limitado. O atual valor de mercado da instalação é de aproximadamente US$ 222 milhões, uma pequena fração do preço de compra de US$1.24 bilhões. A Petrobras agravou a aposta errada que fez na refinaria deixando de torná-la mais atraente para possíveis pretendentes?
* Se a Petrobras pudesse refazer todo o acordo do zero, a empresa teria tomado a mesma decisão? Caso a resposta seja afirmativa, por quê? Caso a resposta seja negativa, por quê?
* Em declarações públicas ao longo dos anos, a Petrobras do Brasil afirmou que não sabia o que a Petrobras dos EUA estava fazendo quando negociou a segunda transação de compra em 2007 e 2008. No entanto, registros judiciais e outros documentos mostram que a empresa sabia e havia autorizado as negociações. Há outras discrepâncias entre as explicações dadas pela empresa e o que consta nos registros. Como a Petrobras explica essas discrepâncias?
* Como será o futuro da refinaria de Pasadena, no Texas?
* A refinaria está gerando lucros ou perdendo dinheiro? Por favor, informe os detalhes sobre os lucros e prejuízos operacionais vinculados à instalação entre 2006 e 2014.
* O Departamento de Justiça americano notificou a Petrobras sobre a refinaria de Pasadena?
* Ano passado, a Petrobras contratou o banco Citigroup Inc., sediado em Nova York, para vender a refinaria. As ofertas feitas ficaram entre US$200 milhões e US$250 milhões, mas a Petrobras não estava disposta a "engolir" tal perda. A Petrobras afirmou publicamente ter recebido ofertas por Pasadena. Vocês podem confirmar os detalhes da oferta no ano passado, conforme nossa fonte?
OBS: A reportagem "Brazil Energy Giant Buys $1.24 Billion of Pain in Texas"(versão online) foi publicada pelo veículo (Bloomberg) na última quarta-feira (18/06)."
FONTE: do blog "Fatos e Dados", da Petrobras (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/refinaria-de-pasadena-resposta-a-bloomberg.htm).
RESPOSTA PETROBRAS:
"A Petrobras está colaborando com todos os órgãos públicos, fornecendo informações sobre o processo da compra de Pasadena. Além disso, foi criada uma comissão interna para apurar todos os detalhes do processo referente à compra da refinaria, com representantes de várias áreas da companhia. O relatório final da Comissão Interna de Apuração da Petrobras será encaminhado à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal.
A compra da Refinaria de Pasadena estava em sintonia com os planos estratégicos desde 1999, que indicavam a expansão do refino no exterior para agregar valor à produção de óleo pesado da Petrobras. Até 2008, nas condições econômicas com margens de refino elevadas, e do mercado de derivados, o negócio "50% Pasadena", aprovado em 2006, mostrou-se potencialmente bom. Após 2008, nas condições de então, com margens reduzidas, o negócio "100% Pasadena", sem as modificações para processar óleo pesado, transformou-se em empreendimento de baixo retorno sobre o capital investido. Além disso, com a descoberta do pré-sal, a Petrobras reviu seu "Plano de Negócios e Gestão" e concentrou esforços e investimentos no país.
Mas o mercado de refino é cíclico e, hoje, com a recuperação das margens ao processar petróleo leve não-convencional (tight oil), a Refinaria de Pasadena vem apresentando resultados positivos, tendo realizado lucro líquido de US$ 63,8 milhões no primeiro trimestre de 2014.
A Petrobras informa que não foi formalmente notificada pelo Departamento de Justiça dos EUA sobre eventual investigação em andamento relativamente à aquisição da Refinaria de Pasadena.
A Petrobras não comenta sobre negociações em curso ou negociações passadas e reitera o compromisso de divulgar qualquer decisão relevante acerca de aquisições ou desinvestimentos, sempre que existentes.
PERGUNTAS BLOOMBERG:
* Algum funcionário da Petrobras recebeu bônus, promoções ou outras recompensas ou incentivos decorrentes das transações de compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, 2007 e 2008? Caso a resposta seja afirmativa, informe os detalhes.
* Algum funcionário da Petrobras, nos EUA ou no Brasil, foi repreendido ou punido de outra forma em decorrência das transações de compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006, 2007 e 2008? Caso a resposta seja afirmativa, informe os detalhes.
* Qual é a atual função de Michael Ditchfield na Petrobras? Ele foi um dos principais negociadores da empresa no acordo de Pasadena. A função dele na empresa mudou desde as transações? Caso a resposta seja afirmativa, informe os detalhes.
* O objetivo declarado da Petrobras no momento em que comprou sua participação inicial na refinaria de Pasadena em 2006 e pelos dois ou três anos depois disso era modificar a instalação a fim de processar 70 mil barris por dia do óleo pesado que ela produzia no Brasil, o que permitiria que a empresa abastecesse a matéria-prima a um preço baixo o suficiente para gerar margens elevadas. Como é possível a empresa ainda não ter atingido esse objetivo declarado, cerca de oito anos depois?
* Não tendo modificado a instalação conforme o plano original, o valor atual de Pasadena para outros potenciais compradores é limitado. O atual valor de mercado da instalação é de aproximadamente US$ 222 milhões, uma pequena fração do preço de compra de US$1.24 bilhões. A Petrobras agravou a aposta errada que fez na refinaria deixando de torná-la mais atraente para possíveis pretendentes?
* Se a Petrobras pudesse refazer todo o acordo do zero, a empresa teria tomado a mesma decisão? Caso a resposta seja afirmativa, por quê? Caso a resposta seja negativa, por quê?
* Em declarações públicas ao longo dos anos, a Petrobras do Brasil afirmou que não sabia o que a Petrobras dos EUA estava fazendo quando negociou a segunda transação de compra em 2007 e 2008. No entanto, registros judiciais e outros documentos mostram que a empresa sabia e havia autorizado as negociações. Há outras discrepâncias entre as explicações dadas pela empresa e o que consta nos registros. Como a Petrobras explica essas discrepâncias?
* Como será o futuro da refinaria de Pasadena, no Texas?
* A refinaria está gerando lucros ou perdendo dinheiro? Por favor, informe os detalhes sobre os lucros e prejuízos operacionais vinculados à instalação entre 2006 e 2014.
* O Departamento de Justiça americano notificou a Petrobras sobre a refinaria de Pasadena?
* Ano passado, a Petrobras contratou o banco Citigroup Inc., sediado em Nova York, para vender a refinaria. As ofertas feitas ficaram entre US$200 milhões e US$250 milhões, mas a Petrobras não estava disposta a "engolir" tal perda. A Petrobras afirmou publicamente ter recebido ofertas por Pasadena. Vocês podem confirmar os detalhes da oferta no ano passado, conforme nossa fonte?
OBS: A reportagem "Brazil Energy Giant Buys $1.24 Billion of Pain in Texas"(versão online) foi publicada pelo veículo (Bloomberg) na última quarta-feira (18/06)."
FONTE: do blog "Fatos e Dados", da Petrobras (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/refinaria-de-pasadena-resposta-a-bloomberg.htm).
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