[OBS deste blog 'democracia&política': os megainvestidores e petroleiras estrangeiros, desde a descoberta do pré-sal, pressionam o Brasil (por meio da aliada mídia nacional) para deixá-lo para a exploração por grandes petroleiras estrangeiras, sob o argumento que elas teriam mais dinheiro para isso do que a Petrobras. Agora, surpreendidos e raivosos com a aprovação do "Conselho Nacional de Política Energética" de resolução que autoriza a contratação da Petrobras, pela União, para explorar o megacampo de Búzios, querem reverter a decisão de qualquer forma. Vejamos o artigo seguinte, do "Tijolaço"]:
O choro de perdedor não para com o megacampo da Petrobras
Por Fernando Brito
"Sem ter o que dizer, a grande mídia hoje apela para uma suposta irregularidade na entrega à Petrobras do ultramegacampo de Búzios, que pode chegar, no total, ao dobro do petróleo de Libra.
A história, agora, é a de que o "Conselho de Administração" da Empresa não se reuniu para aprovar o contrato com a União.
É claro que não, porque o contrato só será assinado em dois meses e, sim, depois de aprovado pelo Conselho.
O que houve esta semana foi a aprovação do "Conselho Nacional de Política Energética" de resolução que autoriza a contratação da Petrobras, pela União, para explorar o campo, em determinadas condições.
Se o Conselho da Petrobras quiser, recusa o contrato.
O que só faria, é claro, se fosse louco.
Que empresa de petróleo rebarbaria a oferta de contratação para explorar a maior jazida de petróleo já descoberta neste século?
O repórter Nicola Pamplona, do "Brasil Econômico", explica exatamente o que foi aprovado, pelo CNPE, como estabelece a lei:
“A resolução (aprovada) determina que a 'Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis' (ANP) elabore uma minuta de contrato de partilha para a exploração dos volumes excedentes das áreas, que hoje já estão sob concessão da Petrobras, mas com um limite de produção de até 5 bilhões de barris. Entre as premissas do contrato, está a impossibilidade de transferência das áreas a terceiros e a indicação da 'Pré-Sal Petróleo SA' (PPSA) como representante do governo na gestão do contrato — a estatal ficará com R$ 150 milhões do bônus pago pela Petrobras . Os índices de conteúdo local serão de 55% para plataformas que entrarem em operação até 2021, e de 59% para projetos posteriores.”
E resume, de maneira muito clara, o tamanho do que está em jogo:
“Com as novas estimativas de volume, a Petrobras passa a deter reservas potencialmente recuperáveis entre 34,3 bilhões e 43,7 bilhões de barris, incluindo outras descobertas do pré-sal, Libra e os 5 bilhões da cessão onerosa. Somado às reservas provadas atuais, de 16 bilhões de barris, o volume colocaria o Brasil acima da Líbia na lista das maiores reservas mundiais.”
A Líbia, cujo petróleo “justificou” uma guerra, é o nono país em reservas.
A conversa de que a Petrobras vai pagar antes de tirar o petróleo é uma tolice.
Nos leilões, o bônus também é pago muito antes de se extrair o petróleo.
A história de que a “não-aprovação” do Conselho viola as regras de governança é uma idiotice.
Conselho de Administração não “negocia” contratos: aprova-os ou não os aprova que sejam firmados.
É fantástico o comportamento da nossa mídia “defendendo” a Petrobras do “crime” praticado pelo Governo, de dar-lhe o maior campo de petróleo do século 21!
O que é o destino de um país perto de os dividendos do próximo balanço Petrobras renderem mais uns 20 centavos por ação, porque a empresa não terá de pagar uma parcela de R$ 2 bilhões pelo “campo do século”?
Ou será que os “black blocs” da letra de forma dirão que “não é só pelos 20 centavos”?
Claro que não é, é por 20 bilhões de barris de petróleo…"
FONTE: escrito por Fernando Brito no seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/?p=18712).
Nenhum comentário:
Postar um comentário