Era a SELIC dos sonhos dos especuladores
[OBS deste blog 'democracia&política': "Mercado", "Conservadores", "direita", "atual oposição" são eufemismos, disfarces, utilizados no Brasil para os megainvestidores e empresários estrangeiros e seus braços nacionais, inclusive a grande mídia e os partidos da direita.
Agora, Aécio já apresentou (para banqueiros estrangeiros e nacionais e grandes empresários) Armínio Fraga como seu Ministro da Fazenda e prometeu "medidas impopulares". O "mercado" aplaudiu efusivamente, já babando com a perspectiva do retorno da era de ouro da SELIC atingindo 45%. Pobre povo brasileiro...]
O que vai acontecer no Brasil caso a receita de Thatcher seja reaplicada com Aécio
Por Paulo Nogueira, do "Diário do Centro do Mundo"
"O terrorismo econômico está aí.
Essencialmente, o que os "conservadores" estão dizendo é que "a política econômica descarrilhou sob Dilma".
"Só Aécio salva", é a mensagem.
O que a direita quer para a economia é, numa palavra, a receita thatcheriana.
Os pilares da doutrina consagrada nos anos 1980 por Margaret Thatcher podem ser resumidos assim: privatizar, desregulamentar e reduzir ao máximo as despesas sociais.
A busca, em suma, do Estado mínimo [onde o Estado é mínimo, a força do "mercado" é absoluta]..
É o que o “mercado” quer por razões óbvias: as empresas, nacionais e internacionais, ganham barbaramente com isso.
Como em todo jogo alguém perde, os trabalhadores pagam a conta. A Inglaterra sob Thatcher regressou a níveis de desigualdade próximos do abismo que existia na era vitoriana.
Esqueça, por um momento, questões como ideologia ou mesmo justiça. A questão é: a receita funciona?
Ou sob outro ângulo: se o Brasil adotar os preceitos thatcherianos reivindicados pelos conservadores a economia vai deslanchar?
A resposta, se você olha a história, é: não.
Os mandamentos de Thatcher são bons apenas para o chamado 1%. Para os demais 99%, não.
Para o país como um todo, para a saúde da sociedade, menos ainda. Seguir Thatcher é uma calamidade nacional.
O thatcherismo está na raiz da crise econômica que castiga o mundo desde 2008.
Sob Reagan, os Estados Unidos abraçaram o thatcherismo. O mercado financeiro foi desregulamentado, para dar liberdade aos bancos e assim, alegadamente, promover a economia.
Depois de alguns anos, veio a hecatombe.
Na busca de lucros exorbitantes, os bancos americanos – livres de regulamentação – afrouxaram todos os controles para quem pedia empréstimo para comprar casa.
Até que começou a inadimplência.
Milhares, milhões de tomadores de empréstimo não tinham condições de honras as dívidas.
Os calotes se multiplicaram. Grandes bancos quebraram. E a crise econômica se espalhou rapidamente pelo mundo.
Nunca mais a economia mundial se recuperou. A locomotiva dela, os Estados Unidos, vem se arrastando desde então.
Em breve, graças à estagnação americana, a China deve se converter na maior economia do mundo.
Também a Inglaterra de Thatcher ainda hoje enfrenta as consequências econômicas e sociais da falsa revolução da Dama de Ferro.
A ressaca do thatcherismo tornou Thatcher tão detestada que os ingleses fizeram celebrações em praças públicas quando ela morreu.
Não existe uma única estátua dela na Inglaterra, sequer em sua cidade natal: ela seria derrubada em dias, talvez horas.
É esta mesma receita que os "conservadores" querem para o Brasil agora.
Suponha que ela seja adotada pela próxima presidência. Rapidamente, os suspeitos de sempre lucrarão – a plutocracia, ou o 1%.
Num país cujo maior desafio é mitigar a desigualdade social, seria uma tragédia.
O país avançou socialmente nos últimos anos. Menos do que poderia e deveria, é verdade. Mas avançou.
O thatcherismo faria o Brasil retroceder várias casas na questão social em pouco tempo.
Num momento de franqueza desconcertante, Aécio prometeu a empresários “medidas impopulares” caso se eleja.
Seu guru econômico, Armínio Fraga, um fundamentalista do thatcherismo, falou que "o salário mínimo cresceu muito nos últimos anos".
Avisos do que vem por aí caso o thatcherismo seja posto em ação no Brasil não faltam, portanto.
Os thatcheristas prometem a você o paraíso. Mas entregam o inferno. Paraíso, só para eles mesmos."
FONTE: escrito por Paulo Nogueira, do "Diário do Centro do Mundo". Transcrito no "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/aecio-e-os-impactos-de-um-possivel-efeito-thatcher-por-paulo-nogueira).[Trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog 'democracia&política'].
Os tais "conservadores" querem a volta ao poder dos demotucanos, que foram muito generosos com o "mercado", o qual se locupletou nos anos FHC/PSDB-DEM em detrimento da população brasileira, que só recebia "arrocho' e "medidas impopulares" sob o discurso de "avanço", de "modernidade". Os que eram contra eram "jurássicos". Enquanto isso, os megaespeculadores se saciavam com nossos juros SELIC astronômicos.
Outro detalhe importante: Armínio Fraga, que foi presidente do Banco Central no governo FHC, é também cidadão norte-americano. Em maio último, foi noticiado nos EUA que ele esteve cogitado por Obama para presidir o FED, o Banco Central dos EUA, em Washington. O FED não é uma instituição federal, mas privada, representando os megabanqueiros norte-americanos. Ver neste blog, sobre isso, editorial de Saul Leblon na "Carta Maior" em: http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/05/obama-e-aecio-disputam-o-mesmo-ministro.html.
É o reconhecimento norte-americano ao presidente do BC de FHC/PSDB, que fez mais pelos EUA e pelos megabanqueiros norte-americanos do que pelo Brasil. Lembremo-nos que, na entrada do FED, está escrito que a instituição tem dois compromissos – defender a moeda do país (o dólar) e o emprego dos cidadãos norte-americanos. FHC/PSDB-DEM e Armínio Fraga fizeram exatamente isso muito bem e não foram esquecidos pelos megabanqueiros e pelo governo dos EUA.
É o reconhecimento norte-americano ao presidente do BC de FHC/PSDB, que fez mais pelos EUA e pelos megabanqueiros norte-americanos do que pelo Brasil. Lembremo-nos que, na entrada do FED, está escrito que a instituição tem dois compromissos – defender a moeda do país (o dólar) e o emprego dos cidadãos norte-americanos. FHC/PSDB-DEM e Armínio Fraga fizeram exatamente isso muito bem e não foram esquecidos pelos megabanqueiros e pelo governo dos EUA.
Agora, Aécio já apresentou (para banqueiros estrangeiros e nacionais e grandes empresários) Armínio Fraga como seu Ministro da Fazenda e prometeu "medidas impopulares". O "mercado" aplaudiu efusivamente, já babando com a perspectiva do retorno da era de ouro da SELIC atingindo 45%. Pobre povo brasileiro...]
AÉCIO E OS IMPACTOS DE UM POSSÍVEL EFEITO THATCHER
O que vai acontecer no Brasil caso a receita de Thatcher seja reaplicada com Aécio
Por Paulo Nogueira, do "Diário do Centro do Mundo"
"O terrorismo econômico está aí.
Essencialmente, o que os "conservadores" estão dizendo é que "a política econômica descarrilhou sob Dilma".
"Só Aécio salva", é a mensagem.
O que a direita quer para a economia é, numa palavra, a receita thatcheriana.
Os pilares da doutrina consagrada nos anos 1980 por Margaret Thatcher podem ser resumidos assim: privatizar, desregulamentar e reduzir ao máximo as despesas sociais.
A busca, em suma, do Estado mínimo [onde o Estado é mínimo, a força do "mercado" é absoluta]..
É o que o “mercado” quer por razões óbvias: as empresas, nacionais e internacionais, ganham barbaramente com isso.
Como em todo jogo alguém perde, os trabalhadores pagam a conta. A Inglaterra sob Thatcher regressou a níveis de desigualdade próximos do abismo que existia na era vitoriana.
Esqueça, por um momento, questões como ideologia ou mesmo justiça. A questão é: a receita funciona?
Ou sob outro ângulo: se o Brasil adotar os preceitos thatcherianos reivindicados pelos conservadores a economia vai deslanchar?
A resposta, se você olha a história, é: não.
Os mandamentos de Thatcher são bons apenas para o chamado 1%. Para os demais 99%, não.
Para o país como um todo, para a saúde da sociedade, menos ainda. Seguir Thatcher é uma calamidade nacional.
O thatcherismo está na raiz da crise econômica que castiga o mundo desde 2008.
Sob Reagan, os Estados Unidos abraçaram o thatcherismo. O mercado financeiro foi desregulamentado, para dar liberdade aos bancos e assim, alegadamente, promover a economia.
Depois de alguns anos, veio a hecatombe.
Na busca de lucros exorbitantes, os bancos americanos – livres de regulamentação – afrouxaram todos os controles para quem pedia empréstimo para comprar casa.
Até que começou a inadimplência.
Milhares, milhões de tomadores de empréstimo não tinham condições de honras as dívidas.
Os calotes se multiplicaram. Grandes bancos quebraram. E a crise econômica se espalhou rapidamente pelo mundo.
Nunca mais a economia mundial se recuperou. A locomotiva dela, os Estados Unidos, vem se arrastando desde então.
Em breve, graças à estagnação americana, a China deve se converter na maior economia do mundo.
Também a Inglaterra de Thatcher ainda hoje enfrenta as consequências econômicas e sociais da falsa revolução da Dama de Ferro.
A ressaca do thatcherismo tornou Thatcher tão detestada que os ingleses fizeram celebrações em praças públicas quando ela morreu.
Não existe uma única estátua dela na Inglaterra, sequer em sua cidade natal: ela seria derrubada em dias, talvez horas.
É esta mesma receita que os "conservadores" querem para o Brasil agora.
Suponha que ela seja adotada pela próxima presidência. Rapidamente, os suspeitos de sempre lucrarão – a plutocracia, ou o 1%.
Num país cujo maior desafio é mitigar a desigualdade social, seria uma tragédia.
O país avançou socialmente nos últimos anos. Menos do que poderia e deveria, é verdade. Mas avançou.
O thatcherismo faria o Brasil retroceder várias casas na questão social em pouco tempo.
Num momento de franqueza desconcertante, Aécio prometeu a empresários “medidas impopulares” caso se eleja.
Seu guru econômico, Armínio Fraga, um fundamentalista do thatcherismo, falou que "o salário mínimo cresceu muito nos últimos anos".
Avisos do que vem por aí caso o thatcherismo seja posto em ação no Brasil não faltam, portanto.
Os thatcheristas prometem a você o paraíso. Mas entregam o inferno. Paraíso, só para eles mesmos."
FONTE: escrito por Paulo Nogueira, do "Diário do Centro do Mundo". Transcrito no "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/aecio-e-os-impactos-de-um-possivel-efeito-thatcher-por-paulo-nogueira).[Trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog 'democracia&política'].
Nenhum comentário:
Postar um comentário