domingo, 3 de agosto de 2014

CRÍTICA À DIPLOMACIA BRASILEIRA É "ELEITOREIRA" E "IDEOLÓGICA"




CRÍTICA À DIPLOMACIA É "ELEITOREIRA" E "IDEOLÓGICA"

"O Assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, diz em entrevista que a crítica feita à diplomacia brasileira a respeito da condenação aos ataques de Israel em Gaza é "eleitoral, movida por ideologia". O gesto brasileiro de convocar o embaixador em Tel Aviv, diz ele, "é um procedimento diplomático clássico diante de situações graves", que já havia sido tomado por outros países. Segundo Garcia, "querem desacreditar a política externa brasileira". Sobre Gaza, declara: "de dezenas e centenas de mortos em alguns dias podemos chegar a milhares de mortos [já ultrapassam 1650], algo absolutamente intolerável".

Do "Brasil 247"


A crítica feita à diplomacia brasileira em relação ao posicionamento contra Israel é "eleitoral, movida por ideologia", afirmou o assessor da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. Em entrevista ao site da revista "Época", ele diz que "querem desacreditar a política externa brasileira" e defende que, nos posicionamentos do Itamaraty, "há uma influência da ideologia da Constituição".

"Seguimos as dez alíneas do artigo 4º da Constituição Brasileira. Querem desacreditar a política externa brasileira e fazem essa crítica. É normal, vivemos numa sociedade democrática, e cada um pode dizer o que quiser. E isso tem sido dito com certa exuberância", declarou Garcia. O governo brasileiro publicou duas notas condenando a violência na Faixa de Gaza. Na segunda, criticou o "uso desproporcional" da força de Israel contra os palestinos.[um exército poderosíssimo e moderno subvencionado pelos EUA contra em território desarmado, sem direito à força de defesa, onde um punhado de patriotas tenta resistir com pedras e foguetes artesanais quase inofensivos à contínua e crescente invasão e apropriação de suas terras e fontes de água por Israel].

Segundo o assessor da Presidência, o Brasil já havia feito uma "crítica equilibrada aos dois ataques" na primeira nota, divulgada em 27 de julho, mas "o agravamento e a deterioração da situação levaram o Brasil a focar em Israel na segunda nota". Sobre a convocação do embaixador brasileiro em Tel Aviv, disse ser "um procedimento diplomático clássico diante de situações graves", que há havia sido tomado por outros países nesse caso. "O Chile não só chamou o embaixador, como interrompeu as relações comerciais com Israel", complementou.

Garcia nega que haja, em "em absoluto", um "relativismo moral" da política externa brasileira após citações do jornalista Rodrigo Turrerer de que "o Brasil chamou a ação de Israel de desproporcional, mas calou sobre os ataques do Hamas, sobre a guerra civil na Síria, sobre a ação da Rússia na Ucrânia".

"O que acontece na Faixa de Gaza, hoje, é o que aconteceu no começo da guerra na Síria. De dezenas e centenas de mortos, em alguns dias podemos chegar a milhares de mortos, algo absolutamente intolerável", afirmou, sobre a matança que já ultrapassa 1.600 baixas do lado dos palestinos, a maioria civis [mulheres e crianças]. "Nossa política externa está regulada por uma série de princípios, um dos quais é o respeito aos direitos humanos, um preceito constitucional", acrescentou."

FONTE: do jornal on line "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/148784/Cr%C3%ADtica-%C3%A0-diplomacia-%C3%A9-eleitoral-e-ideol%C3%B3gica.htm). [Trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog 'democracia&política'].

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