sexta-feira, 19 de junho de 2009

MUITOS PAÍSES SOFREM POR CONTA DA CRISE CRIADA PELOS EUA

CONTUDO, O SECRETÁRIO DO TESOURO DOS ESTADOS UNIDOS APENAS SE PREOCUPA COM “OS AMERICANOS COMUNS [QUE] SOFRERAM MUITO”

EUA PODERIAM TER FEITO MAIS PARA EVITAR CRISE, DIZ TESOURO


“O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse que "está claro" que o governo americano poderia ter feito mais para evitar o declínio na economia do país, em um pronunciamento a ser apresentado nesta quinta-feira ao Comitê Bancário do Senado americano.

Segundo o secretário, as lacunas e a fraqueza na estrutura regulatória para fiscalizar bancos e outras instituições financeiras "impôs desafios" à habilidade do governo de monitorar e lidar com as apostas do mercado.

O problema, diz o texto, é que não há um órgão regulador único que tenha visto como tarefa sua proteger a economia e o sistema financeiro como um todo.

"Todas as crises financeiras da geração passada dispararam esforços para reforma. Mas os esforços passados vieram muito tarde, depois que a vontade de agir já tinha diminuído", diz o texto do secretário. "Não podemos deixar isso acontecer dessa vez.

Podemos discordar sobre os detalhes, e teremos que trabalhar essas diferenças. Mas os americanos comuns sofreram muito; a confiança no nosso sistema financeiro foi muito abalada; nossa economia chegou muito perto do limite para deixarmos esse momento passar."

Os comentários do secretário vêm um dia após o presidente americano, Barack Obama, ter apresentado sua proposta de reforma do sistema regulatório financeiro do país. A proposta, que vai agora ao Congresso, reorganiza os papéis de algumas das agências de regulação do mercado financeiro, a fim de reforçar a supervisão do governo.

Além disso, a proposta deve endurecer os padrões de controle de grandes empresas financeiras e criar uma nova agência dedicada a proteger os consumidores.

Geithner destacou ontem, em entrevista à rede de TV ABC, o que considera os três pontos básicos da proposta: proteção ao consumidor, garantias contra riscos assumidos por instituições financeiras e uma nova autoridade federal para "melhor gerir (...) a potencial quebra de grandes instituições".

FONTE: matéria da Folha Online em 18/06/2009.

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