sábado, 6 de junho de 2009

O 'INTERESSE NACIONAL' ISRAELENSE NAS TERRAS PALESTINAS QUE INVADIU

A RESISTÊNCIA CONTRA A INVASÃO AFETA A SEGURANÇA NACIONAL

ISRAEL DIZ QUE INTERESSES DO PAÍS ESTÃO EM PRIMEIRO LUGAR


“O discurso do presidente americano Barack Obama no Egito foi recebido nesta quinta-feira (4) com um misto de ceticismo e otimismo no mundo árabe, mas o governo de Israel respondeu, em um comunicado, que apesar de compartilhar "a esperança" do americano, privilegiará seus "interesses nacionais, sendo o primeiro e mais importante a segurança do país".

"Israel está comprometido com a paz e fará tudo o que for possível para expandiro o círculo de paz, considerando seus interesses nacionais", assinalou o governo, ao memso tempo que o ministro da Defesa, Ehud Barak, que também é líder do Partido Trabalhista, declarou à televisão americana estar de acordo com a solução de dois Estados (Palestino e Israelense), mas é necessário que Telavive e Washington chegem a um acordo sobre o "conceito de crescimento natural" dos assentamentos israelenses em territórios palestinos, isto é, sobre novas colônias.

No mundo árabe, Síria, Iraque e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) receberam com satisfação o discurso de Obama.

O chefe de negociações da ANP, Saeb Erekat, aplaudiu o compromisso de Obama com a criação de um Estado Palestino independente e com a importância de acabar com a ocupação militar israelense sobre os territórios dessa nação, ocupada desde 1948.

O Harakat al-Muqawamat al-Islamiyyah (Movimento de Resistência Islâmica, Hamas), desde Gaza, assinalou que a mensagem do presidente dos Estados Unidos representa uma "mudança tangível" desde a perspectiva americana, mas também apontou que foi uma locução "cheia de cortesias, o que nos faz pensar que trata de melhorar a imagem americana perante o mundo".

Também sobre o tema da imagem, o movimento muçulmano libanês Hezbolá assinalou que "o que escutamos é um discurso que não revela nenhuma mudança real na postura da política estadunidense na região. O mundo islâmico e árabe não necessita lições, mas sim atos reais, começando por uma mudança radical a respeito da causa palestina".

Antes da mensagem de Obama, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, também reclamou que as mudanças sejam realizadas "na prática, e não dirigindo discursos bonitos aos muçulmanos do mundo".

Khamenei, a quem a Constituição iraniana confere o maior poder de decisão em todas as questões do Estado, assinalou que os países do Oriente Médio "odeiam profundamente" os Estados Unidos pelos ataques, a interferência política e a discriminação que, segundo ele, caracterizaram a política estadunidense nos últimos anos.

"O novo governo dos Estados Unidos quer mudar sua imagem, mas isso não é possível apenas com discursos", concluiu.”

FONTE: Site “Vermelho”, com texto do “La Jornada”, de 05/06/2009

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