"A Folha “descobriu” que empresas patrocinadoras do filme do Lula têm algum tipo de negócio com o governo. São algumas das maiores empresas brasileiras, como Volkswagen, OAS, JBS Friboi, Odebrecht, e assim por diante. E por “negócios” entenda-se desde compras irrelevantes do governo (R$ 31 milhões que a VW vendeu ao Ministério da Defesa) até obras, financiamentos do BNDES, incentivos fiscais, prestação de serviços.
Pergunto: qual empresa brasileira, dentre as 50 maiores, não têm nenhum negócio com o governo? Abaixo vai uma relação das maiores empresas privadas não-financeiras:
Vale (Mineração), Usiminas (Siderúrgica), BrOi (Telecomunicações), Gerdau (Metalúrgica), CSN (Siderúrgica), CPFL (Energia), Braskem (Química), Redecard (Serviços), Embraer (Aviação), Votorantim (Vários).
Aponte uma que não tenha negócios com o governo. Aliás, pode incluir nesse pacote a Abril (que vende assinaturas e livros didáticos para o MEC), a Globo (através da Fundação Roberto Marinho e dos contratos de publicidade), a Folha (que recebe publicidade oficial, como os demais órgãos da imprensa).
Seria um furo se descobrisse algum grande grupo sem negócios com o governo."
Trancrição da reportagem de Rubens Valente e Paulo Gama, da 'Folha de São Paulo':
"Patrocinadores de “Lula” têm verba federal
Sete das 17 empresas que ajudaram a bancar o filme receberam R$ 407 milhões neste ano em contratos com o governo
Outras cinco financiadoras da obra sobre a vida de Lula obtiveram financiamentos do BNDES; empresas dizem não ver problema em ajuda
A maior parte das 17 empresas patrocinadoras do filme “Lula, o Filho do Brasil”, que deve entrar no circuito comercial em 1º de janeiro, mantém negócios com os ministérios e bancos do governo federal. Apenas em 2009, sete dessas empresas receberam cerca de R$ 407 milhões em pagamentos diretos da União por conta de obras, aquisição de equipamentos e outros serviços."
FONTE: publicado hoje (20/11) no blog do jornalista Luis Nassif.
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