domingo, 15 de novembro de 2009

ZELAYA RESISTE E NÃO QUER LEGITIMAR O GOLPE APOIADO PELOS EUA

Zelaya diz que não negociará retorno à presidência

"O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse no sábado que se recusaria a retornar à presidência como parte de qualquer acordo para pôr fim à crise desencadeada por seu afastamento, dizendo que fazê-lo legitimaria o golpe de junho.

Um acordo 'mediado' pelos Estados Unidos para pôr fim ao impasse político no país fracassou este mês,após o presidente de facto Roberto Micheletti ter dito que [com o apoio dos EUA] formaria um novo governo sem Zelaya.

"Desta data em diante, reafirmo minha decisão de não aceitar qualquer acordo para retornar à presidência que acoberte esse golpe", disse Zelaya, lendo trechos de uma carta escrita ao presidente norte-americano, Barack Obama.

Inicialmente Zelaya tinha recebido bem o acordo, que, afirmou [então acreditar], tinha o objetivo de conduzi-lo de volta ao poder.

Líderes sul-americanos vêm pedindo a volta de Zelaya à presidência, mas Washington pareceu enfraquecer a posição dele ao dizer que reconheceria uma eleição presidencial em 29 de novembro, simplesmente com base na assinatura do acordo...

Sob o acordo, o Congresso deveria votar por autorizar ou não a reinstauração de Zelaya. Mas não foi fixado prazo para isso, e os parlamentares vêm demorando a agir.

Zelaya voltou a Honduras escondido em setembro e está vivendo na embaixada brasileira desde então."

FONTE: reportagem de Helen Popper, em Tegucigalpa, publicada hoje (15/11) no portal UOL [exceto o título e pequenas inserções entre colchetes e em itálico, colocados por este blog].

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