terça-feira, 29 de dezembro de 2009

CONTINUA FORTE A INVASÃO ISRAELENSE DA PALESTINA

"Israel anuncia 700 novas construções em Jerusalém Oriental

Israel anunciou nesta segunda-feira planos para a construção de mais de 700 residências na parte árabe do leste de Jerusalém, apesar dos pedidos palestinos e da comunidade internacional para o congelamento de novas construções na região.


No mês passado, o governo israelense já havia anunciado um projeto para a construção de 900 casas em Gilo, ao sul de Jerusalém.

Israel invadiu Jerusalém Oriental em 1967 e posteriormente anexou-a ao seu território, numa ação condenada internacionalmente.

Os palestinos, que desejam instalar a capital de seu futuro Estado em Jerusalém Oriental, criticaram o anúncio.

Um porta-voz da Autoridade Nacional Palestina disse que ele mostra que Israel "não está pronto para a paz".

Licitação

Segundo o anúncio feito nesta segunda-feira pelo Ministério da Habitação, o governo de Israel abriu uma licitação para a construção de 198 unidades habitacionais em Pisgat Zeev, 377 em Neve Yaakov e 117 em Har Homa, todos assentamentos construídos em territórios roubados pelos judeus na guerra árabe-israelense de 1967.

A licitação é parte de um grande projeto para a construção de 6.500 unidades habitacionais em todo o país, visando consolidar a invasão israelense no território palestino.

No mês passado, sob forte pressão dos Estados Unidos, Israel anunciou uma suspensão de dez meses nas novas construções em assentamentos na Cisjordânia ocupada.

Mas o governo direitista do primeiro-ministro Biniyamin Netanyahu já deixou claro que não considera as áreas judaicas de Jerusalém Oriental como assentamentos e alega que as restrições não se aplicam a elas.

Os palestinos se recusam a retomar as negociações de paz sem uma completa interrupção das novas construções nos territórios ocupados, incluindo Jerusalém Oriental.

Situação perigosa

Em novembro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu que os planos de Israel para construir 900 novas residências em Gilo criariam uma "situação perigosa".

Obama disse à TV Fox News que novas construções nos assentamentos tornariam mais difícil para Israel conseguir a paz na região e "enervariam os palestinos". Mas a pressão americana sobre Israel não passa de palavras. Nenhuma ação concreta foi tomada pelo governo dos Estados Unidos, que sustenta politica e economicamente o regime sionista de Israel.

"O governo de Israel prova todos os dias que não está pronto para a paz", afirmou Nabil Abu Rdainah, porta-voz da Presidência da Autoridade Nacional Palestina.

Cerca de 500 mil judeus israelenses vivem na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em assentamentos considerados ilegais pelas leis internacionais.

FONTE: divulgado pela agência britânica de notícias BBC e postado redigido pelo portal "Vermelho".

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