sábado, 20 de março de 2010

ANIVERSÁRIO DA SANGUINÁRIA INVASÃO DO IRAQUE


Prédio do governo queima durante os primeiros ataques das forças americanas em Bagdá, no Iraque; guerra completa sete anos

"Guerra do Iraque" completa sete anos com dúvidas sobre segurança e novo governo

A invasão das forças americanas no Iraque [para a tomada do controle das reservas e da produção do petróleo] completa neste sábado sete anos, em meio da espera do novo governo [que deverá ser, por definição, submisso aos EUA], com o resultado oficial das eleições parlamentares do último dia 7, e dúvidas se esse será capaz de garantir a segurança do país com a retirada gradual das forças americanas.

Em 20 de março de 2003, às 3h35, os americanos lançaram seus primeiros mísseis contra uma fazenda do sul de Bagdá. O local, segundo os militares, serviria de esconderijo para Saddam Hussein, o então ditador do país [então acusado, como pretexto da invasão, de ser ditador mau e talvez pensar em no futuro fazer "armas de destruição em massa"].

"Nestes últimos sete anos, o Iraque viveu uma fragilidade que nos custou um alto preço: o sangue do povo iraquiano", disse à agência de notícias Efe o trabalhador Abdala Khalifa, 48, que vive na capital [segundo organização inglesa, mais de um milhão de iraquianos morreram em consequência da sanguinária e injustificável invasão dos EUA e seus aliados].

Como ele, muitos iraquianos apostam no futuro e no processo de reconciliação nacional, que livraria o país de vários anos de guerra e confrontos sectários entre xiitas --reprimidos violentamente nos anos Saddam-- e sunitas.

Khalifa revelou que um de seus maiores desejos é que, neste ano, "ocorram mudanças que normalizem a situação e apaguem da lembrança as tragédias passadas".

Até hoje, ele se recorda dos dramáticos momentos que viveu no dia em que começou a ocupação estrangeira, que já dura sete anos e, até pouco atrás, manteve o país mergulhado em uma onda de violência.

"Foi um dia negro. As pessoas, com medo de morrerem, começaram a deixar suas casas e a fugir para várias regiões fora da capital. Ainda não despertamos do trauma que sofremos ao ver a grande destruição", contou.(...)

FONTE: divulgado hoje (20/03), em Bagdá (Iraque), pela agência espanhola de notícias EFE e postado na Folha Online e no portal UOL [título e entre colchetes colocados por este blog].

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