quinta-feira, 8 de julho de 2010

PRESIDENTE DO EQUADOR: BASES MILITARES DOS EUA NA COLÔMBIA PROVOCAM INSTABILIDADE NO CONTINENTE

Presidente do Equador insiste [em alertar] que bases dos EUA na Colômbia provocam instabilidade no continente

“A um mês da posse do o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, o presidente do Equador, Rafael Correa, reiterou (06/07) o temor com a instalação de bases militares dos Estados Unidos na região. O assunto ‘divide’ opiniões na comunidade sul-americana [divide: toda a América do Sul de um lado e EUA e Colômbia de outro]. O atual presidente colombiano, Álvaro Uribe, argumenta que as bases são necessárias no combate ao narcotráfico e às guerrilhas. O governo brasileiro é contrário à construção das bases.

Para Correa, a medida provoca instabilidade no continente. “Essa é uma preocupação não só para o Equador, mas para toda a região", afirmou Correa. Para o governante, mesmo instaladas em território colombiano, as bases estarão sob controle norte-americano. O equatoriano visita a Venezuela onde participa de reuniões políticas. As informações são da imprensa oficial da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN).

Equador e Colômbia mantêm uma relação política tensa desde março de 2008. A cisão ocorreu depois que [a Força Aérea e o Exército] colombianos [invadiram o Equador e] atacaram homens das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano. No ataque morreram Raúl Reyes, um dos principais líderes da guerrilha, e mais 16 membros das Farc. Segundo o governo de Quito, 22 pessoas teriam sido mortas no ataque. Na ocasião, o presidente eleito da Colômbia ocupava o cargo de ministro da Defesa. Correa sinalizou que o assunto ainda precisa de um desfecho. “Nós sempre estivemos dispostos, sem esquecer o passado, de olhar para o futuro e reconstruir estas relações bilaterais, mas, novamente, não sem benefício de um inventário”.

Correa lembrou ainda que há um processo em curso no Equador sobre o assunto e que Santos é citado no caso por estar à frente do Ministério da Defesa. “A questão está sob a jurisdição da Justiça equatoriana, que é independente do [Poder] Executivo”, disse.

FONTE: publicado no portal UOL (edição: Vinicius Doria).

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