sexta-feira, 27 de agosto de 2010
JORNAL NACIONAL USA O BRADESCO PARA DESMORALIZAR O BRASIL
Na foto, o Haiti, quer dizer, o Brasil do Jornal Nacional
JN: “Educação e violência preocupam Almirante Tamandaré
A segunda parada do JN no Ar foi no Paraná. A cidade, de quase 11 milhões de habitantes ( ??? ), é a maior produtora de um minério muito usado na agroindústria.
No projeto “JN no Ar”, o sorteio de terça-feira determinou que a equipe do repórter Ernesto Paglia voasse do Recife para Almirante Tamandaré, no Paraná.
Abrimos esta edição com algumas informações importantes do estado.
Paraná: quase 11 milhões de habitantes. Descendentes de varias partes do mundo.
“Essa mistura toda de gente de todos os locais do mundo cria uma riqueza muito grande”
Quinta economia do país, ancorada no setor de serviços, o estado também é produtor de grãos e investe na agroindústria.
A renda média mensal é a sexta melhor do brasil.
“Eu gosto da natureza, das cachoeiras. Lógico, Foz de Iguaçu”.
O Paraná tem alguns desafios: a proporção de homicídios sobre o total de mortes chega a 5,4%. Está acima da média nacional, que é de 4,6%. A taxa de mortalidade infantil é a maior da região Sul, a de analfabetos também.
O estado tem oito milhões de eleitores.
Para chegar a Almirante Tamandaré, Ernesto Paglia usou o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. O repórter Ernesto Paglia está lá ao vivo
Almirante Tamandaré é uma cidade dormitório que fica na grande Curitiba, a 14 km, em linha reta, do centro da capital.
Apesar disso, muitos moradores dizem que, às vezes, parece que Tamandaré fica em outro planeta. Isso porque ela é responsável pela maior produção de um mineral muito importante para a correção do solo e para aumentar a produtividade da indústria de grãos, da agroindústria, do rico estado do Paraná.
Apesar disso, a renda de Tamandaré é de apenas um terço do restante da renda média do estado do Paraná.
Apesar disso, encontramos em Tamandaré uma riqueza impressionante de água, um patrimônio ambiental que está sendo ameaçado, mas que também é importante e, principalmente, uma população batalhadora, trabalhadora, que tem muito orgulho do lugar onde vive.
É inverno e estamos no Paraná. Mas não é geada. É pó, mesmo.
Almirante Tamandaré tem as principais minas do estado e é o maior produtor de calcário agrícola do país: um mineral que aumenta em até 40% a produção paranaense de grãos.
Para a cidade, ficam 300 empregos, a poeira, a paisagem estragada, o trânsito pesado dos caminhões e do trem de minério.
Em Almirante Tamandaré, a geologia parece dar com uma mão e tirar com a outra. A escola começou a afundar, uma casa desabou. Centenas têm rachaduras.
A cidade fica em cima de um reservatório natural, o Aquífero Karst. O lençol de água, que banha cinco municípios da Região Metropolitana de Curitiba, é uma riqueza.
O convento dos franciscanos bebe dessa água há 70 anos. “São Francisco nos abençoou muito aqui”. Mas nas áreas onde a reserva está à flor da terra, e onde houve retirada sem cuidado, o solo cede e engole o que houver por cima: “A ocupação desordenada, sem um controle, sem um conhecimento maior poderá causar problemas”, diz o gerente da SANEPAR, Paulo Roberto Raffo.
Na educação, o município é o de número 373 no ranking do estado, que sempre aparece bem no placar nacional e é o melhor no ensino médio.
Faz três anos que os alunos desta escola fundamental foram despejados. O colégio estadual precisou das classes, onde eles assistiam às aulas, provisoriamente. Desde então, a Escola Coronel João Candido de Oliveira funciona no subsolo alugado desta Igreja Batista da cidade.
“Com boa vontade, dá pra se transformar qualquer realidade”.
Se dá pra improvisar o estudo, imagina o futebol? Na falta de uma quadra apropriada, a garotada resolveu fazer uma trave virtual, pintada em uma parede. Como não tinha uma parede oposta, a outra ficou meio de lado. O pessoal joga futebol à 90º, mas tudo bem.
Entre 399 municípios paranaenses, Tamandaré é a 21º em número de homicídios: 42 pessoas foram assassinadas desde o começo deste ano.
Este dono de uma empresa de motoboys diz que seus entregadores já foram assaltados, mas acha que a situação melhorou depois que os bares e festas foram obrigados a fechar mais cedo: “Melhorou muito, muito mesmo”
Mas é aqui que fica o segredo mais bem guardado de Tamandaré: no sítio do seu Hilton e da dona Elza, salames delicados e vinhos fortes, além do torresmo irresistível. “Para escolher meu candidato, tem que ter muito cuidado. A gente vai esperando até a última hora. Ai quando chegou aquele dia: ‘Puxa! Hoje eu sei em quem eu vou votar”, disse o comerciante Hilton Cruz.”
Quando esteve, anteontem, numa cidade perto de Recife, foi a mesma desgraça.
Igarassu, em Pernambuco, tem os problemas que o Serra denunciou no horário eleitoral gratuito: o saneamento básico.
Se você, amigo navegante, acreditar no jornal nacional, vai pensar que Jarbas Vasconcelos possa ganhar a eleição do Eduardo Campos.
Saneamento básico, onde o Governo Serra/FHC não investiu um tusta.
Para o jornal nacional, o Brasil é um horror !
Se você acordar de manhã com a Miriam Leitão e dormir com o William Waack, no dia seguinte pede asilo à Embaixada do Haiti.
No Amapá – onde começou a série patrocinada pelo Bradesco -, em Pernambuco e no Paraná.
Onde o jornal nacional pousar haverá sempre uma desgraça haitiana.
Com um jatinho da Dassault e o patrocínio do Bradesco.
Interessante que o Bradesco, neste segundo trimestre de 2010, tenha lucrado a bagatela de R$ 2,5 bilhões.
Neste segundo trimestre de 2010, quando Lula tem 80% de popularidade, o Bradesco se aproveitou, segundo Luis Carlos Trabuco Capri, (jornal Valor, pág D6, de 29 de julho de 2010) , presidente do Bradesco, do “cenário de mobilidade social”:
“Nos últimos três anos, dois milhões de clientes (do Bradesco) migraram das classes D e E para a classe C”, diz Trabuco.
“Dos atuais 20,6 milhões de correntistas pessoas físicas (do Bradesco) cerca da metade pertence à classe C”.
Que horror !, dirá o Casal 45.
E, por isso, não é difícil entender que o Lula tenha 80% de aprovação ou que a Dilma possa ganhar no primeiro turno.
O que não se entende é o jornal nacional manipular o patrocínio do Bradesco para essas aventuras aero-rocambolescas pelo Brasil afora com o objetivo de mostrar que o Brasil não passa de um Haiti.”
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado em seu portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/08/26/jornal-nacional-usa-o-bradesco-para-desmoralizar-o-brasil/).
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