sábado, 13 de novembro de 2010

FAB/DCTA PESQUISA CONTROLE DE AERONAVE EM EMERGÊNCIA

“O Grupo Especial de Ensaios em Voo, subordinado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em São José dos Campos [organização do Comando da Aeronáutica/MD], está desenvolvendo uma linha de pesquisa de um sistema de controle de aeronave em situação de emergência.

Diversos incidentes e acidentes aeronáuticos têm como fator contribuinte a perda de superfícies aerodinâmicas ou falha do sistema de controle da aeronave, e o novo sistema tem como objetivo permitir ao piloto pousar com segurança um avião que tenha sofrido falha estrutural severa.

Recentemente, o GEEV obteve aceitação para publicar, em 2011, um artigo completo sobre a pesquisa, conduzida por um oficial do órgão, no Journal of Guidance, Control, and Dynamics, do AIAA (American Institute of Aeronautics and Astronautics).

O GEEV tem a missão de fortalecer o poder aeroespacial por meio de serviços técnicos especializados geradores de informações valiosas para a pesquisa, desenvolvimento e certificação de produtos aeronáuticos.

Um dos casos mais recentes de pouso forçado nessas condições ocorreu, em 2003, com um cargueiro A300 decolando de Bagdah (Iraque), que foi atingido por um míssil enquanto ascendia para a altitude de cruzeiro . Sem o sistema hidráulico, os pilotos não podiam mais utilizar os comandos clássicos da aeronave, passando a comandar o avião usando somente a variação de tração dos dois motores.

Os dois pilotos e o engenheiro de voo foram capazes de realizar um pouso de emergência com a aeronave danificada e sem fatalidades.

Tendo como motivação casos como esse, foi realizado, em 2009, na Alemanha, um voo de ensaio em uma aeronave ATTAS da DLR – Centro Aeroespacial Alemão –, para testar o novo sistema de controle desenvolvido pelo pesquisador do GEEV.

Com o sistema ativo, os pilotos desceram até uma pista de pouso sem utilizar os comandos normais da aeronave, mas de uma forma intuitiva e com baixa carga de trabalho, muito semelhante ao controle de uma aeronave sem dano. Um sistema desse tipo, incorporado a uma aeronave civil ou militar, traria grandes benefícios para a segurança de voo e sobrevivência em combate.”

FONTE: divulgado pelo DCTA / GEEV e publicado no portal da FAB (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=6336).

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