quinta-feira, 11 de novembro de 2010

RECONHECIMENTO IMEDIATO DO ESTADO PALESTINO


ANP PEDE RECONHECIMENTO IMEDIATO DO ESTADO PALESTINO

“Em reação ao anúncio do Ministério do Interior israelense - que aprovou a construção de mais 1.300 casas para colonos judeus em território palestino, em Jerusalém Oriental -, o principal negociador da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Saeb Erekat, declarou terça-feira (09/11) que o "unilateralismo" de Israel alerta para a urgência de um "reconhecimento internacional imediato" de um Estado palestino.

Erekat disse que o mais recente anúncio de Israel deixa claro que o Estado judaico quer construir assentamentos, e não a paz. "O unilateralismo israelense é um pedido para o reconhecimento internacional imediato do Estado da Palestina", afirmou. Um dia antes, o negociador já tinha classificado o anúncio como um sinal "de má fé" do governo israelense, independentemente de quando as obras comecem de fato.

A atitude de Israel é vista pela ANP como uma manobra para impedir o estabelecimento do Estado palestino, alterando a composição demográfica e religiosa desse território Árabe, ocupado durante a guerra dos Seis Dias em junho de 1967.

A posição de Erekat traz à tona a esperança de muitos palestinos de que Mahmoud Abbas, o atual presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina) consiga obter o apoio da comunidade internacional à criação de um Estado independente.

Às críticas palestinas, se somaram reclamações dos Estados Unidos, - que viu fracassado seu protagonismo como promotor da última rodada de conversas diretas, retomadas em 2 de setembro - e da União Europeia - que classificou as novas construções como um obstáculo à paz.

DESAFIO À COMUNIDADE INTERNACIONAL

O anúncio israelense de construção de 1.300 casas no setor de Jerusalém Oriental causou "profunda decepção" nos EUA, onde está atualmente o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também criticou a autorização.

Segundo a organização israelense anticolonização “Paz Agora”, que classificou a decisão como uma "grande provocação", a grande maioria das novas construções está situada no bairro de “colonização” [sic] judaica de Har Homa, onde vivem mais de 7.000 pessoas.

Um quinto (21%) das colônias judaicas está erguida sobre terras que Israel reconhece como terrenos privados palestinos, em contraposição com aquelas parcelas que o Estado judeu qualifica como "terrenos do Estado" [sic].

No entanto, a legislação internacional considera ilegais todos os assentamentos israelenses construídos em território ocupado na Guerra de 1967 (Cisjordânia, Gaza, Jerusalém Oriental) e entende que supõem um sério obstáculo para a paz e o estabelecimento de um futuro Estado palestino.

Desafiando a comunidade internacional, o gabinete do primeiro-ministro israelita garantiu que a construção dos “colonatos” judaicos vai continuar. "Jerusalém não é um colonato – Jerusalém é a capital de Israel”, lê-se no comunicado emitido ainda na terça-feira pelos assessores de Netanyahu. “Israel nunca colocou nenhuma espécie de limites à construção em Jerusalém, onde cerca de 800 mil pessoas habitam, e também não o fez durante os 10 meses de suspensão dos colonatos na Cisjordânia”.

Para as autoridades israelitas, a expansão em nada interfere com as negociações de paz. “Israel não vê nenhuma relação entre o processo de paz e a política de [invasão] planificação e de construção em Jerusalém”, diz a nota do gabinete do chefe do Executivo.”

FONTE: portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=141235&id_secao=9) [figura e entre colchetes colocados por este blog]

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