terça-feira, 15 de março de 2011

DILMA FALA SOBRE “REDE CEGONHA”


DILMA FALA SOBRE “REDE CEGONHA”, PROGRAMA VOLTADO PARA O ATENDIMENTO INTEGRAL DAS MÃES E DAS CRIANÇAS

“A presidenta Dilma Rousseff anunciou a criação da ‘Rede Cegonha’ durante o programa semanal de rádio ‘Café com a Presidenta’, transmitido na manhã de segunda-feira (14/3). Segundo a presidenta Dilma, o governo está atento a “um dos momentos mais marcantes da vida de toda mulher: a maternidade”. Na conversa, a presidenta também abordou temas como a violência doméstica e o compromisso de garantir com que a Lei Maria da Penha seja cumprida. Ela contou que no próximo ‘Café’ irá tratar “dos novos programas de prevenção e tratamento de câncer de mama e de colo de útero”.

Vamos anunciar o Rede Cegonha, que é programa, na área da saúde, voltado para o atendimento integral das mães e das crianças desde a gravidez, passando pelo parto até chegar ao desenvolvimento do bebê. Nós queremos que as mães e as crianças tenham atendimento completo, integral,” iniciou a conversa.

Na entrevista, a presidenta reconheceu também que “nenhuma mulher trabalha tranquila se seus filhos não estiverem protegidos e bem cuidados”. Para que isso ocorra, segundo afirmou, será criado programa de creches. A meta é construir seis mil creches e pré-escolas em todo o Brasil, até 2014.

As creches e pré-escolas são muito importantes na administração do tempo das mulheres, mas são, sobretudo, Luciano, importantíssimas para a educação das crianças e para atacar a raiz das desigualdades sociais. Hoje, todo mundo sabe que as crianças de zero a cinco anos, que recebem atenção social e pedagógica, higiene e alimentação adequados, entram na vida escolar em condições muito melhores, daí o programa de creches.”

A presidenta fez uma avaliação da situação da mulher no país: “as mulheres ajudaram e ajudam a construir o nosso país. Saem dos seus lares, vão para o mundo do trabalho, para as empresas, para as escolas, as universidades, para a vida social e fazem a diferença.

Sabe, Luciano, se as mulheres não tivessem crescido em seu papel na sociedade brasileira, eu não conseguiria ter sido eleita presidenta, por isso eu devo honrar as mulheres do nosso país.”

E para ilustrar o momento de mudança da mulher, a presidenta Dilma contou sobre o encontro que teve com uma menina chamada Vitória. Segundo disse, a mãe da menina se aproximou dela e informou que a filha gostaria de fazer uma pergunta:

Falo de uma pequena mulher, chamada Vitória, uma menininha que eu conheci num aeroporto do nosso país. Eu estava lá e a mãe dessa menininha aproximou com ela e me disse: “A minha filha quer te fazer uma pergunta. Ela quer saber se mulher pode”. E eu perguntei: “Pode o quê?” Ela disse: “Olha, a Vitória quer saber se mulher pode ser presidente”. E foi isso que eu respondi para ela: “Vitória, mulher pode sim”. Então, Luciano, eu tenho certeza que as mulheres, cada vez mais, sabem, percebem e vivem essa realidade –elas podem. Mas, Luciano, ainda falta muito para as mulheres poderem tudo.”

Em seguida, a presidenta disse que uma de suas “maiores preocupações é a violência contra a mulher, ainda muito presente, inclusive dentro de casa”. E continuou: “Uma situação, que sobre todos os aspectos, é inaceitável para uma sociedade como a brasileira.”

É o que eu te disse, Luciano, isso é inaceitável! Olha, uma das leis mais importantes, criadas no governo do presidente Lula, foi a Lei Maria da Penha. Essa lei é reconhecida até pela ONU como um modelo de enfrentamento da violência doméstica. O meu compromisso é garantir que essa lei seja rigorosamente cumprida. Aliás, no meu governo, o Ministério da Saúde tornou obrigatória a notificação da violência contra a mulher em toda a rede pública e privada do país na área da saúde. Quem não notificar que recebeu uma mulher agredida, machucada, está sujeito à punição administrativa e corre o risco de ser punido por seu conselho profissional.”

A presidenta concluiu a conversa semanal informando que, na próxima segunda-feira (21/3), abordará “os novos programas de prevenção e tratamento de câncer de mama e de colo de útero”.

Eu não tenho dúvida, Luciano, até porque aconteceu comigo, que a prevenção é o melhor caminho para reduzir o problema do câncer. As mulheres, Luciano, são hoje um pouco mais da metade da população, mas o resto da população –a outra metade– são os nossos filhos. Por isso, quando a gente cuida da mulher, nós estamos tratando toda a sociedade, estamos, contudo, dentro de casa.”

FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/rede-cegonha-programa-voltado-para-o-atendimento-integral-das-maes-e-das-criancas/#more-25372)

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