quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O TRÂMITE DO MENSALÃO DO PSDB

No julgamento do mensalão do PSDB, se Joaquim Barbosa não continuar a seguir o 'script' da mídia, ela vai cortar-lhe as asas



DE VOLTA À ORIGEM

Por Leandro Fortes, na revista “Carta Capital”

“Como na saga ‘Guerra nas Estrelas’, a história dos “mensalões” nacionais foi contada, até agora, de trás para frente. Assim como no clássico de George Lucas, a TV Justiça, no caso do “mensalão do PT”, apresentou ao público o enredo final de um psicodrama político sem antes informar o contexto da tragédia providencialmente encenada antes do segundo turno das recentes eleições municipais.

A origem do épico mensaleiro espera, contudo, a hora de entrar em cartaz, assim que acabar o dilema da “dosimetria” dos 25 condenados do “escândalo petista”. Teremos, finalmente, caso a série realmente chegue ao final, a explicação sobre como Marcos Valério de Souza foi essencial no derrame de 100 milhões de reais no “caixa 2” do PSDB com o apoio de empresas estatais mineiras comandadas pelo então governador do estado, [depois Presidente nacional do PSDB e] atual deputado federal Eduardo Azeredo.

Vem aí (vem?) o “mensalão tucano”, a origem de tudo. Chamado de “mensalão mineiro” por setores condescendentes da mídia, foi formalmente classificado como “tucanoduto” e “valerioduto tucano” pelos agentes federais que o investigaram.

Para quem assistiu ao julgamento do caso do PT no Supremo Tribunal Federal, ninho de inovadoras teses de “domínio de fato” e a condenações baseadas em “percepções sensoriais”, o “mensalão tucano” será ainda mais surpreendente por ter em abundância aquilo que muita falta fez no caso de agora: provas contundentes.

A certidão de nascimento do milionário esquema de lavagem de dinheiro montado por Marcos Valério em Minas e depois exportado ao PT é uma lista de pagamentos elaborada por Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha de Azeredo, em 1998. Revelada em 2007, a lista trata de um total de repasses equivalente a 10,8 milhões de reais a parlamentares de 11 partidos, inclusive do PT, mas onde reinam soberanos o PSDB e o PFL, atual DEM. Mourão tentou negar a veracidade da lista, mas foi obrigado a reconhecer sua assinatura no papel depois de ser desmentido por uma perícia da Polícia Federal.”

[OBS deste ‘democracia&política’: Sobre o mensalão do PSDB, sugiro relembrá-lo lendo nos seguintes links: http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2012/08/mensalao-do-psdb-ministerio-publico.html e http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2012/01/caixa-dois-tucana-de-furnas.html].

FONTE: escrito por Leandro Fortes, na revista “Carta Capital”. Transcrito no portal de Luis Nassif com texto extraído do portal “Conversa Afiada”  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-tramite-do-mensalao-do-psdb). [Imagens do Google e trecho entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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