sábado, 8 de novembro de 2008

BANCO MUNDIAL: “BRASIL COMPARTILHA SUA TECNOLOGIA DO BIOCOMBUSTÍVEL”

A agência espanhola de notícias EFE publicou ontem a seguinte notícia, que li no portal UOL:

BANCO MUNDIAL DIZ QUE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA CONSOLIDARÁ ÁLCOOL

“A política brasileira de compartilhar com outros países sua tecnologia para produzir biocombustíveis, especialmente a partir da cana-de-açúcar, ajudará a consolidar essa matriz energética no mundo, afirmou nesta sexta-feira um funcionário do Banco Mundial (BM).

O Brasil está transferindo esta tecnologia a países da África, Ásia, América Latina e Caribe, e "acreditamos que isso consolidará essa matriz" energética, disse à Agência Efe em São Paulo o porta-voz para a América Latina e o Caribe do BM, Sérgio Jellinek.

O funcionário afirmou que o problema com o álcool não é o combustível em si, "mas como ele é produzido e a partir de qual matéria-prima".

O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de álcool, um produto que não está isento de críticas. Alguns setores consideram que sua produção tem efeitos negativos no preço dos alimentos.

Jellinek destacou que estudos do BM revelam que o álcool produzido a partir da cana-de-açúcar "é mais eficiente, competitivo e menos prejudicial para o meio ambiente" que o obtido a partir do milho em países como os Estados Unidos.

A produção brasileira de álcool este ano será de 27,08 bilhões de litros e as exportações ficarão em torno de 4,17 bilhões de litros, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O principal mercado do álcool brasileiro são os EUA.

"O Brasil vem buscando uma certificação de sustentabilidade de seu produto e tem todos os argumentos para defendê-la", acrescentou Jellinek.

O papel dos biocombustíveis para promover o desenvolvimento sustentável será debatido em uma conferência internacional convocada pelo Brasil que será realizada de 17 a 21 de novembro em São Paulo.

A União Européia (UE) prepara uma nova normativa em relação às energias renováveis que Argentina, Brasil, Colômbia, Indonésia, Malawi, Malásia, Moçambique e Serra Leoa vêem com preocupação, porque consideram que pode representar "restrições ao comércio de biocombustíveis".

Os oito países enviaram uma carta às instituições do bloco europeu, à qual a Efe teve acesso hoje em Bruxelas, na qual pedem à UE que "não discrimine" nem impeça o desenvolvimento de biocombustíveis dos países em desenvolvimento.”

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