SOBRE A MÍDIA NATIVA

Mino Carta ontem escreveu em seu blog:

“Respondo a Lulopret. A imprensa daqui oferece uma cobertura capenga dos eventos internacionais, não somente na área política, mas também em tudo mais, desde economia até esporte, com passagem pela cultura.

De um modo geral, no meu entendimento, a mídia nativa é medíocre, além de facciosa, ancorada sólida e inexoravelmente ao pensamento único.

Deste ponto de vista, exemplares os editoriais do Estadão. Por exemplo, o de ontem, aquele de maior destaque na terceira página. Verifiquei, ao lê-lo, que Lula é culpado pela crise financeira internacional e que quem está sempre certo é José Serra.

Preparem seus corações para o próximo pleito presidencial.

Exemplares também as análises feitas por toda mídia dos resultados das eleições municipais. A vitória de Kassab em São Paulo é encarada como um gigantesco revés do presidente da República, de quem todos os candidatos, no decorrer da campanha, falaram com admiração e respeito. Quem cresceu no pleito foram peemedebistas e petistas. Baixas nas hostes tucanas. Em Belo Horizonte, a vitória de Aécio foi dividida com Pimentel – e Aécio é pedra no sapato de Serra.

Quanto à Itália, meu caro (cara?) Lulopret, precipita ladeira abaixo nas mãos de Berlusconi e sua gangue. Que posso dizer? Apenas que os italianos merecem, foram eles que escolheram, ao sabor de uma democracia consolidada. Não creio, porém, que a bisonha cobertura internacional da nossa imprensa, e, em geral, da mídia, resulte de censura. É ignorância mesmo.”