Impulsionado mais uma vez pelo aumento na renda, o Brasil registrou uma melhora em seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), mas permaneceu estável no ranking de nações elaborado anualmente pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), na 75ª posição.
O IDH varia de 0 a 1 e tenta medir o desenvolvimento humano dos 182 países comparados a partir de três dimensões: saúde, educação e PIB per capita. De 2006 para 2007 (os relatórios sempre se referem a dois anos antes), o IDH brasileiro variou de 0,808 para 0,813. Um valor acima de 0,800 é considerado nível de alto desenvolvimento humano.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede os avanços alcançados por um país em três aspectos: vida longa e saudável (baseado na esperança média de vida ao nascer), acesso ao conhecimento (baseado na alfabetização e na escolarização) e nível de vida digno (baseado no PIB per capita associado ao poder de compra em dólares americanos). Os países são classificados dentro desses aspectos em valores médios entre 0 e 1.
Noruega, Austrália e Islândia ocupam os três primeiros lugares do ranking, com índices de 0,971, 0,970 e 0,969, respectivamente. Na outra extremidade, Níger (0,340), Afeganistão (0,352) e Serra Leoa (0,365) tiveram os piores índices. O Afeganistão volta ao ranking depois de ficar 13 anos fora.
NORUEGA
População: 4.660.539
Idade média: 39,4 anos
Expectativa de vida: 79,95 anos
Pessoas com HIV/Aids: 3.000
População alfabetizada: 100%
Escolaridade: total: 17 anos
As diferenças entre a Noruega e o Níger, segundo aponta o Pnud, são gritantes. No país africano, por exemplo, a esperança de vida ao nascer é de apenas 50 anos, contra 80 anos no país escandinavo, e para cada dólar ganho no Níger, são ganhos 85 dólares na Noruega.
Por isso, o relatório destaca que, apesar da maioria das regiões ter apresentado progresso significativo e da melhoria no IDH dos países ter sido de 15% em média desde 1980, as desigualdades no bem-estar das populações de países ricos e de países pobres continuam a ser "inaceitavelmente elevadas".
"Apesar das melhorias significativas registradas ao longo do tempo, o progresso tem sido irregular. Muitos países testemunharam retrocessos nas últimas décadas devido às retrações econômicas, às crises induzidas por conflitos e às epidemias de HIV/Aids. E tudo isto antes de se sentir o impacto da atual crise financeira mundial", explicou a principal autora do relatório da ONU, Jeni Klugman.
Sobe e desce - Venezuela de Chávez é destaque positivo
Na comparação com o último ranking, cinco países se destacaram por terem subido três ou mais posições: China, Colômbia, França, Peru e Venezuela. A França, que no ano anterior não aparecia entre os 10 primeiros, voltou o grupo.
O relatório da ONU atribui esse avanço aos aumentos nos rendimentos e na esperança média de vida. Na China, na Colômbia e na Venezuela, houve também uma melhoria significativa na educação.
Ao todo, cinquenta países desceram uma ou mais posições em relação ao ano anterior. Mas um número semelhante também subiu. Sete países desceram mais de duas posições: Luxemburgo, Malta, Equador, Líbano, Belize, Tonga e Jamaica.
Entre os menos desenvolvidos, Gana se destacou por ganhar duas posições, evolução atribuída a melhorias na educação. Chade, Maurícia e Suazilândia, por outro lado, desceram dois lugares.
IDH Muito Elevado
Uma nova categoria de países foi incluída no ranking deste ano: o IDH Muito Elevado. Ela agrupa as nações no topo da classificação e com o novo corte é possível evidenciar discrepâncias ainda maiores entre os países.
Por exemplo, moradores de países com IDH Baixo têm rendimentos médios per capita inferiores a US$ 1 mil por ano, enquanto moradores de países de IDH Muito Elevado conseguem ganhar em média US$ 37 mil."
FONTE: com informações obtidas no portal UOL, hoje (05/10).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário