Emprego público representa 21% das ocupações formais do país, aponta Ipea
"Em São PauloEstudo divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que o emprego público representa 21% das ocupações formais do país, com mais de 8,2 milhões de postos de trabalho. Desses, 7,5 milhões são funcionários do Poder Executivo e 3,2 milhões trabalham na região Sudeste. O Centro-Oeste, apesar de abrigar a capital federal, Brasília, ocupa o quarto lugar no total de funcionários públicos: 940 mil ou 9,1% da população.
Número total de funcionários públicos no Brasil
Sudeste 3.207.991
Nordeste 2.298.109
Sul 1.030.144
Centro-Oeste 944.265
Norte 794.288
TOTAL 8.274.797
A pesquisa "Presença do Estado no Brasil: Federação, Suas Unidades e Municipalidades" traça um panorama da atuação das três esferas de governo pelo Brasil em temas como previdência, assistência social, saúde, educação, trabalho, bancos, infraestrutura, segurança e cultura. O estudo mostra que o Sudeste é líder em número de beneficiários do seguro desemprego. Os dados, coletados entre junho de 2008 e maio de 2009, apontam que nesta região havia 3,5 milhões de trabalhadores formais recebendo o benefício, o triplo das regiões Nordeste e Sul, que aparecem praticamente empatadas em segundo lugar, com cerca de 1,2 milhão de beneficiados. No Brasil, 7 milhões de pessoas usufruíram do benefício no período.
Já o Nordeste é a região que mais recebe benefícios do programa de assistência social Bolsa Família, de acordo com o estudo. São 5,4 milhões de famílias beneficiadas em toda região, mais que o dobro da região Sudeste, que recebe 2,6 milhões de benefícios. A Bahia é o Estado com mais famílias que recebem o Bolsa Família (1,3 milhão) e Roraima o que menos recebe (cerca de 33 mil famílias). No ano de 2008, segundo o estudo, o Bolsa Família beneficiou 10,5 milhões de famílias em todo o país e custou aos cofres públicos R$ 10,6 bilhões.
O Nordeste também recebe praticamente a metade dos benefícios rurais de previdência social pagos no Brasil (17,8 milhões dos 38,2 milhões totais). Na outra ponta, o Sudeste lidera o ranking dos benefícios urbanos de previdência social (92,3 milhões dos 152,6 milhões totais).
Educação Pública Gratuita
O panorama traçado pelo Ipea confirma que no Brasil, o ensino médio [público] ainda deixa a desejar. Enquanto há mais de 136 mil escolas públicas de ensino fundamental no país, no ensino médio esse número cai para cerca de 17 mil - ou oito vezes menos. Quando o assunto é o ensino superior, a queda é ainda maior: há apenas 249 faculdades, universidades e centros universitários administrados pelo poder público.
A região Sudeste concentra o maior número de universidades federais (39) e estaduais (42). Apesar disso, o Nordeste é a região brasileira com maior número de matriculados em instituições federais (187.883) e estaduais (161.029) de ensino superior. O Sudeste aparece em segundo lugar, com 172.245 alunos em universidades federais e 152.273 em universidades estaduais. Os números referem-se aos matriculados no 1º semestre, mas as diferenças se mantém também entre os alunos do 2º semestre.
O Sudeste, no entanto, tem o maior número de inscritos na educação [gratuita] profissional (385.767), mais que o dobro da região Sul (152.568), que vem em segundo lugar, e 15 vez mais do que a região Norte (25.297), que aparece em último.
A região Sudeste tem ainda o maior número de jovens em situação de vulnerabilidade social (jovens entre 15 e 17 anos que se encontram fora da escola e em situação de fragilidade financeira) atendidos em ações socioeducacionais pelo Programa Agente Jovem.
O documento mostra também que o ensino municipal [público] é o mais presente no Nordeste, onde há quase 65 mil escolas administradas pelas prefeituras. O número é bem mais elevado que o total de escolas municipais das demais regiões do país: Sudeste (29.377), Norte (19.768), Sul (14.843) e Centro-Oeste (4.956). Já o ensino estadual [público] é mais representativo no Sudeste, com 13.945 escolas. O Nordeste (10.224 escolas) vem na sequência, seguido do Sul (7.629), Norte (4.630) e Centro-Oeste (3.405).
Outros dados
O estudo mostra ainda que inúmeras cidades carecem de agência de bancos públicos federais - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil. São 6.600 agências todo o território nacional, mas, de acordo com o Ipea, quase 3.000 municípios não possui nenhuma agência desses bancos.
As rodovias brasileiras também estão muito aquém das necessidades do país. Há pouco mais de 196 mil km de estradas federais, estaduais ou municipais pavimentadas em todo o território nacional. Por outro lado, existem mais de 1,4 milhão de quilômetros de estradas sem asfalto no país, indica o instituto.°
FONTE: publicado hoje (15/12) no pórtal UOL [entre colchetes colocados por este blog].
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