"Condições oferecidas pela Dassault, fabricante do Rafale, modelo preferido de Lula, não são as que se esperava
Depois de demonstrar a preferência pelos aviões franceses e praticamente antecipar a vitória do caça Rafale na licitação para reequipar a Força Aérea Brasileira (FAB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu empurrar para 2010 o resultado da concorrência.
Há meses o resultado do final do processo se arrasta e a postergação, agora, deve-se ao fato de as condições apresentadas pela Dassault, empresa francesa que fabrica o Rafale, não terem sido as que o governo brasileiro esperava. O avião ainda está com preço alto, assim como o pacote que envolve venda de peças de reposição e manutenção dos equipamentos.
A comissão da FAB que analisa as três propostas concorrentes ainda não apresentou seu relatório final ao Alto Comando. Além da francesa Dassault, participam do processo a sueca Saab, fabricante do Gripen, e a norte-americana Boeing, que produz o F-18.
Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a FAB está fazendo um estudo técnico, mas a decisão final é política e é do presidente Lula. Em seu relatório, a FAB vai preparar um ranking envolvendo os três projetos concorrentes.
INVESTIMENTO
O processo de compra dos caças envolve um orçamento da ordem de 4 bilhões, cerca de R$ 10 bilhões para a compra de 36 aviões, com transferência de tecnologia, aí incluindo peças de reposição e manutenção.
As afirmações do presidente Lula foram feitas em discurso no tradicional almoço de fim de ano, com cerca de cem oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, realizado no Clube do Exército.
Lula lembrou ainda que seu governo está cumprindo a promessa de reequipar as Forças Armadas. Para o Exército, citou que a força está recebendo os 34 primeiros carros de combate Leopard alemães, e que já autorizou o início da produção nacional da família de três mil blindados, que será fabricada pela Fiat- Iveco, ate 2030.
No caso da Marinha, Lula lembrou que está em andamento o projeto do submarino de propulsão nuclear e de quatro convencionais, além da construção de estaleiros. "Assim estamos tornando realidade o compromisso de modernizar e reaparelhar as três Forças", afirmou."
FONTE: reportagem de Tânia Monteiro publicada no "O Estado de SP" de hoje (15/12).
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