Tucanos e outros aliados dos demos envolvidos. Por enquanto, foram divulgados os do Distrito Federal
"Novos depoimentos do delator do mensalão do DEM aumentaram a lista de políticos suspeitos de participar do esquema [do DEM] de coleta e distribuição de propina no Distrito Federal.
O Ministério Público do DF recorreu à Justiça na tentativa de impedir que 26 deputados e suplentes participem da votação para autorizar a abertura de processo contra o governador cassado José Roberto Arruda [então do DEM; hoje sem partido], preso por tentar subornar uma testemunha.
Em janeiro, oito titulares e dois suplentes haviam sido declarados suspeitos para tratar do impeachment de Arruda.
Agora, são 12 distritais e 14 suplentes sob suspeição, segundo o Ministério Público.
"Há vários parlamentares que, caso participem de votações que tratem da autorização para processar o governador Arruda, estarão violando frontalmente os deveres de honestidade, lealdade, eticidade, boa-fé e probidade", diz o pedido.
Os nomes dos políticos estão em documentos apreendidos pela Polícia Federal na casa do conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Lamoglia e do ex-presidente da Câmara do DF, Leonardo Prudente [DEM].
Na semana passada, o delator do mensalão, Durval Barbosa, analisou os papéis e identificou siglas e valores que, segundo ele, se referem a operadores e beneficiários dos pagamentos de propina para deputados e apoiadores do governo [demotucano].
Para reforçar as afirmações, Barbosa revelou que "cada grupo de deputado recebe por um captador/pagador específico". E admitiu mais uma vez que ele era um dos responsáveis pela missão de fazer funcionar o esquema criminoso.
O Ministério Público classificou como suspeitos ou impedidos nomes citados por Barbosa ou que constam no inquérito policial. Entre eles estão os deputados Raimundo Ribeiro (PSDB), Milton Barbosa (PSDB), Aylton Gomes (PMN), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Eurides Brito (PMDB), Jaqueline Roriz (PMN), Batista das Cooperativas (PRP), Rogério Ulysses [PSB; hoje sem partido], Rôney Nemer (PMDB), e os suplentes Pedro do Ovo (PRP) e Geraldo Naves [então do DEM; hoje sem partido], convocados para o lugar dos que renunciaram ao mandato após o escândalo.
Mas pelo menos 14 suplentes, substitutos naturais desses distritais, também estão sob suspeição. "A compra e venda clandestina do que, de forma eufemística, chamou de apoio político, parece ir além dos detentores de mandato popular", afirma o Ministério Público.
Para justificar o pedido, os promotores reproduzem na ação trechos dos depoimentos de Durval em que revela reuniões na residência oficial, com Arruda, "nas quais as negociações de apoio político em troca de dinheiro eram tratadas".
As novas declarações reforçam, segundo a ação, a necessidade de intervenção federal. "À medida que as investigações avançam, percebe-se que a organização criminosa instalada no governo [demotucano] do DF possui extensas ramificações", afirmam os promotores."
FONTE: reportagem de FERNANDA ODILLA publicada hoje (18/03) na Folha de São Paulo [título, 1ª frase e entre colchetes colocados por este blog].
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