segunda-feira, 15 de março de 2010

O FALSO ECONOMISTA E FALSO ENGENHEIRO

PAULO HENRIQUE AMORIM JÁ DESVENDOU QUE SERRA NÃO É ECONOMISTA, NEM ENGENHEIRO, COMO DIVULGAM SEUS ENDEUSADORES. O ARTIGO ABAIXO, DE BRIZOLA NETO, DEMONSTRA AS DIFICULDADES DE SERRA COM NÚMEROS:

Serra, "o economista", não sabe ler números?


O governador de São Paulo, José Serra, publica hoje no Estadão, um artigo sobre os 25 anos da malsinada “Nova República”, esta enorme frustração que foram os anos pós-redemocratização para o povo brasileiro. nada a ver com saudades da ditadura, mas ali, com Sarney e com Collor, abortou-se o processo de reencontro do Brasil com o desenvolvimento e a soberania que só muito recentemente voltou a seu curso, e ainda assim timidamente.

Diz o quem-sabe-talvez-ainda-não-sei candidato tucano que as políticas sociais que melhoraram a situação brasileira é obra e graça de Fernando Henrique Cardoso e que Lula as continuou. Até aí tudo bem, é a cantilena do conservadorismo, que atribui o sucesso do Governo Lula aquilo que ele não conseguiu mudar e não o contrário.

Só que Serra fala em serem “os ganhos reais no salário mínimo” como obra de FHC.

Será?

Quando Fernando Henrique assumiu, em janeiro de 1995, o salário mínimo valia R$ 70 e o mínimo necessário calculado pelo Diiese, R$ 723,82. Ou seja, o salário era cerca de 10% do necessário. Ao sair, em dezembro de 2002, o mínimo era de R$ 200 e o necessário, segundo o Dieese, era de R$ 1.378,19. Ou seja, a relação era de 14,5%.

Ao assumir, com a inflação do mês de janeiro de 2003, Lula encontrou esta relação em 14,4%. No último dado disponível, do mês passado, com o salário a R$ 510, e o mínimo necessário em R$ 2.003,30, a relação entre o salário nominal e o necessário era de 25,46%.

O "economista" José Serra não pode deixar de ver tamanha diferença.

E, se quiser fazer as contas com outro indicador, o do preço da cesta básica, a diferença fica ainda mais evidente. Com Fernando Henrique o salário passou a comprar 0,4 cesta básica a mais. Com Lula, passou a comprar mais 0,8. O dobro, portanto.

Claro que estes indicadores cresceram durante o Governo Fernando Henrique. Foram oito anos e surpresa seria se não houvesse nem a pequena melhora que se registrou. Mas a escala foi mínima, pífia.

A elevação do salário no Governo Lula dobrou a velocidade. E, na verdade, ainda é pouco."

FONTE: escrito por Brizola Neto e postado hoje (15/03) em seu blog "Tijolaço" [título e 1º parágrafo adicionados por este blog].

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