"Coluna da jornalista Inês Nassif, no Valor desta semana, perfura a cortina de fumaça dos ressentimentos e ambições pessoais que separam Serra e Aécio e ilumina a verdadeira trinca estrutural que atinge a coalizão demotucana, dificultando a própria composição de uma chapa com representante da plutocracia paulista na cabeça.
Resumo da ópera: exceto sob Vargas, São Paulo quase sempre subordinou a federação a seus interesses, o que ocorreu de forma integral nos dois mandatos de FHC.
Sobraram marcas de ressentimento e aprendizado. A plutocracia paulista tem hegemonia quando mandam os 'livres mercados' --leia-se, seus interesses hegemônicos. Perde espaço quando o planejamento estatal reacomoda interesses regionais e redistribui os benefícios dos fundos públicos, como ocorre agora com o PAC.
Serra, independentemente do que ele diz que pensa, ou do que os seus amigos pensam que ele pensa, é o representante do conservadorismo paulista que não une o Brasil; aliás não une nem o PSDB paulista e mineiro.
O 'desenvolvimentismo de boca' do governador de SP --ironia de Maria da Conceição Tavares-- na verdade nunca passou de um fiscalismo engajado na defesa da hegemonia bandeirante, contra as urgências do resto do Brasil."
(Carta Maior e a difícil tarefa da coalizão demotucana de transformar um cavalo de tróia da hegemonia paulista em presidente de todos os brasileiros)
FONTE: cabeçalho da 1ª página de hoje (20/03) do site "Carta Maior".
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2 comentários:
Prezada Maria Tereza
De pleno acordo com o artigo.
Sem ser indiscreto gostaria de saber :
1) Em que Estado você mora ?
2) Você é dos quadros do PT ?
Iuri
Prezado Yurikorolev,
Obrigada pela visita.
Moro em Brasília. Já morei em muitos outros lugares.
Nunca fui e não sou filiada a nenhum partido.
Contudo, por tudo que li e presenciei no governo FHC/PSDB/PFL-DEM, fiquei convicta de que ele foi dolosa e exageradamente antinacional. As danosas (para os brasileiros) falcatruas então feitas foram muitas e bem maiores do que já se tornou público. Assim, votei no Lula/PT desde 2002 na certeza de que o seu governo seria relativamente mais voltado para os interesses e desenvolvimento nacionais e para os brasileiros de todas as classes. Que seria menos ruim para o Brasil.
Tenho a certeza que acertei.
Mria Tereza
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